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O atual cenário e a perspectiva da Educação Superior no Espírito Santo

Em novo artigo, o presidente do Sinepe-es fala sobre os índices de crescimento econômico do Espírito Santo e a necessidade de investimentos em qualificação profissional

*Por Pe. Joao Batista Gomes de Lima - Presidente do SINEPE-ES

Estudos realizados por institutos de pesquisas locais e nacionais identificam o Espírito Santo como o Estado brasileiro que tem apresentado, nos últimos anos, indicadores de desempenho econômico acima da média nacional. Essa realidade econômica favorável é continuamente desafiada pelos baixos indicadores de desenvolvimento social. 

Reconhecemos que os avanços foram alcançados em parceria com a gestão estadual anterior e a atual. Um bom exemplo é o Programa de Desenvolvimento Sustentável do Estado do Espírito Santo – Proedes, lançado pelo governo estadual. Uma resposta às eventuais perdas de recursos que o Estado irá sofrer nos próximos anos em decorrência de decisões políticas do governo federal que decretou o fim do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias - Fundap e a redistribuição dos royalties do pré-sal entre os estados produtores e os não-produtores, gerando forte impacto para todas as atividades econômicas, agravando  os  problemas sociais. 

Para que as atividades econômicas sejam  mantidas e os portos de trabalho ocupados por profissionais qualificados de nosso Estado, é necessária a ampliação de políticas de investimento em formação educacional e qualificação profissional em todos os níveis. Tais políticas serão facilmente implementadas por meio de parcerias entre as instituições particulares de ensino e o governo estadual. Como presidente do Sinepe, entidade de representação das escolas particulares, tenho a grata satisfação de afirmar que o nosso segmento é responsável por parte significativa da democratização e da garantia do acesso à educação de jovens e adultos, desde aqueles que vivem na região metropolitana até as pessoas que moram no interior do estado. 

Temos em andamento importantes parcerias com o governo. Mas dada a nossa capacidade instalada, esses programas poderiam ser ampliados, uma vez que eles representam baixo custo para os cofres públicos e tem alcance em toda base territorial, possibilitando a oferta de vagas na educação superior para a população de baixa renda.

Já treinamos e qualificamos, de 2006 a 2010, profissionais na área de Enfermagem e Medicina que atuam na atenção primária de saúde; capacitamos em nível técnico mais de 3 mil jovens; proporcionamos acesso ao Ensino Superior a mais de 6 mil jovens e adultos de famílias de baixa renda.

Com objetivo de reforçar os programas e as ações, temos mantido diálogo  com o governo, o que nos tem deixado muito otimistas pelo seu interesse e compromisso em continuar investindo na educação superior por meio de compra vagas no segmento privado que atualmente conta com 84 instituições de ensino e,  443 cursos de graduações, licenciaturas e tecnológicos, assumindo posição estratégica no desenvolvimento econômico e social do cidadão capixaba.

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