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'O vestibular precisa mudar', afirma pró-reitor da USP

Redação Folha Vitória

São Paulo - Novas formas de ingresso como opções ao vestibular da Fuvest, o aumento do impacto das pesquisas científicas e as formas de indução para novas patentes foram alguns dos desafios da Universidade de São Paulo (USP) debatidos nesta terça-feira, 4, no primeiro encontro do ciclo USP e a Sociedade, que faz parte dos 80 anos da instituição. Haverá mais quatro encontros nas próximas semanas, sempre na Cidade Universitária, zona oeste da capital paulista.

O debate de ontem foi realizado pela cúpula administrativa da universidade: o reitor Marco Antonio Zago e os pró-reitores de Graduação, Pós-graduação, Pesquisa e de Cultura e Extensão. A abertura foi feita pelo ex-reitor José Goldemberg, que preside a comissão organizadora das comemorações.

Goldemberg ressaltou que a comemoração dos 80 anos era uma oportunidade de celebrar a universidade e também de "enfrentar a dura realidade de que há coisas a melhorar".

A universidade enfrenta uma grave crise financeira provocada por gastos excedentes com salários. Atualmente, a folha de pagamento consome cerca de 105% do orçamento da universidade, fazendo com que a instituição recorra às reservas para pagar as contas.

A universidade também tem sido pressionada nos últimos anos por aumento da inclusão de alunos mais pobres - no último vestibular, 32% dos alunos eram de escola pública, enquanto esses alunos representam cerca de 80% do total.

O reitor diz que os debates serão absorvidos nas decisões futuras. "Terminado esse ciclo de debate, os pró-reitores vão fazer análise e ver o que pode ser aplicado. Estamos modificando as estratégias para os próximos anos."

O pró-reitor de Graduação, Antonio Carlos Hernandes, reforçou que é necessário alterar a forma de seleção na universidade. "O vestibular precisa mudar. É fundamental que os estudantes de São Paulo e do Brasil tenham oportunidade." A USP chegou aos 80 anos responsável pela formação de 20% dos doutores no País. São titulados por ano 4 mil mestres e 2,5 mil doutores por ano.

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