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ONU não encontra evidências de estupro em massa no Sudão

Redação Folha Vitória

São Paulo - A missão conjunta da União Africana e da Organização das Nações Unidas (ONU) em Darfur (UNAMID, na sigla em inglês) afirmou que as investigações iniciais não mostraram evidências de abusos sexuais em massa no Sudão.

A equipe verificou o vilarejo de Tabit, a 45 quilômetros da cidade de Al Fashir, onde havia relatos de que 200 mulheres e garotas tinham sido violentadas. A verificação incluiu representantes da polícia, do exército e civis, que passaram várias horas entrevistando diversas pessoas no domingo.

"Nenhuma das entrevistas confirmou qualquer incidente de estupro em Tabit", afirmou a UNAMID em um comunicado. Líderes comunitários do vilarejo reiteraram à missão que eles "coexistem em paz" com autoridades militares locais na área.

A UNAMID planeja conduzir "mais ações sobre a questão", incluindo possíveis investigações adicionais e patrulhas, em coordenação com autoridades locais e sob as regras do acordo de forças entre o governo do Sudão e a missão internacional.

Darfur passa por episódios de violência desde 2003, quando rebeldes se opuseram ao governo de Cartum, acusando-o de discriminação. Moradores locais se queixaram que as milícias pró-governo usaram estupros como um meio de aterrorizar e intimidar as mulheres rebeldes.

A ONU estima que cerca de 385 mil pessoas foram desalojadas pelo conflito entre o governo do Sudão e os movimentos armados em Darfur desde o início deste ano. A organização tem pedido repetidamente que todos os lados se unam nas negociações destinadas a alcançar um cessar-fogo permanente na região.

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