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Ato em escola de Campinas acaba em confronto

Redação Folha Vitória

São Paulo - Terminou em confronto com a Polícia Militar a tentativa de um grupo de estudantes de ocupar a Escola Estadual Carlos Alberto Galhiego, em Campinas, no final da noite de quinta-feira (19). Chamados após denúncia de que o grupo tentava invadir a escola, os policiais usaram bombas de efeito moral e balas de borracha para dispersar os manifestantes. A PM informou que as viaturas foram recebidas a pedradas e negou o uso de balas de borracha, mas uma estudante mostrou um ferimento que teria sido produzido pelo artefato.

Ao menos 67 escolas estaduais estavam nesta sexta-feira (20) ocupadas em todo o Estado de São Paulo em protesto contra a chamada reorganização do ensino. O número foi divulgado pela Secretaria Estadual da Educação. A mudança, anunciada em setembro pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB), prevê que as unidades da rede tenham ciclo único, além do fechamento de 93 colégios.

Um estudante foi detido na confusão em Campinas. Ele acabou liberado depois de prestar depoimento na Delegacia Seccional da Polícia Civil. Depois da ação policial, eles recuaram e decidiram adiar a ocupação para segunda-feira. Na cidade, duas escolas estão ocupadas. A Escola Estadual Carlos Gomes foi tomada pelos estudantes na segunda-feira e continua fechada. A Escola Estadual Francisco Glicério foi ocupada quinta-feira.

O tenente da Polícia Militar José Antônio Pereira Júnior informou que a PM foi acionada porque integrantes da manifestação teriam jogado pedras em veículos que passavam pelo local.

Capital

Na noite de quinta-feira, alunos da Escola Estadual Souza Penna, na Freguesia do Ó, zona norte de São Paulo, tomaram o colégio. A ocupação foi feita durante as aulas do período noturno e a Polícia Militar só foi chamada mais tarde. Nesta sexta, os alunos ouviam rap e grafitavam as paredes internas. "Participamos dos protestos contra a reorganização desde o começo e agora decidimos ocupar. Não queremos que a escola feche", contou o estudante Felipe Saturnino, de 17 anos, que está no 3.º ano do ensino médio. "Visitamos outras escolas, vimos como eles fizeram a ocupação e decidimos reproduzir aqui também." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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