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Lama está na altura do município de Aracruz e avança para sul do ES

Segundo informações do coordenador do Projeto Tamar-Regência, João Carlos Tomé, a lama está a cerca de 20 quilômetros da costa e ainda não atingiu as praias

A lama de rejeitos de mineração, que atingiu Regência nos últimos dias, está em Aracruz Foto: Divulgação

A lama de rejeitos de mineração está na altura do município de Aracruz e segue em direção ao sul do Espírito Santo. O ‘mar de lama’, que atingiu Regência nos últimos dias, parou de avançar para o norte do Estado e, por conta da mudança nos ventos, está indo em direção ao sul capixaba.

De acordo com monitoramento feito neste domingo (29), a lama está a 30 km de distância da foz do Rio Doce e  avança em direção ao município de Aracruz. A alteração do mar não pode ser vista na praia porque a lama tem se deslocado de forma diferente, se afastando da costa. 

Segundo informações do coordenador do Projeto Tamar-Regência, João Carlos Tomé, as condições climáticas fizeram com que o processo de migração da lama fosse invertido e, por conta disso, as intervenções no norte do Estado foram suspensas.

"Detectamos que ela (lama) inverteu o processo de migração do norte e começou a descer com a entrada do vento nordeste. Diminuiu nossa preocupação com Barra Seca, Barra Nova e Guriri. Diferente do norte, em que ela foi encostada o tempo todo, aqui ela está seguindo um pouco em alto mar. Hoje, ela se encontra entre Barra do Riacho e Santa Cruz, mais afastada da costa cerca de 15 a 20 km, o que é menos preocupante em relação às praias", explica Tomé.

Mesmo que a preocupação em relação às praias tenha diminuído, o coordenador alerta que a lama já afetou três áreas de preservação ambiental.

"Essa mancha já atingiu a reserva biológica de Comboios, em Regência, a Terra Indígena de Comboios, em Aracruz, e agora ela adentrou a APA Costas das Algas, entre os municípios de Aracruz e Fundão", diz.

Regência

A chegada da lama na Praia de Regência, no litoral norte do Espírito Santo, mudou a cor do mar neste domingo, em Linhares. Internautas e moradores da região postaram diversas fotos nas redes sociais assustados com o desastre ambiental causado pelo rompimento das barragens da Samarco, em Mariana, em Minas Gerais. 

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