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Em dia de clássico, corintianos e palmeirenses tentavam se concentrar no Enem

Redação Folha Vitória

- Escrever uma redação e responder a questões de Ciências Humanas em até cinco horas e meia já seria motivo de tensão. Mas, ontem à tarde, grande parte dos candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em São Paulo tinha ainda outra preocupação: a partida entre Corinthians e Palmeiras, que terminou 3x2, decisiva para a disputa do Campeonato Brasileiro de futebol.

Alguns candidatos fizeram questão de resolver a prova com a camisa do time de coração. Um deles era o estudante do 3º ano do ensino médio Vinícius Dagnio, de 17 anos. "Se der tempo, depois vou procurar um bar para ver o final do jogo" já planejava o palmeirense, ainda no começo da tarde.

"Estou irado. (O jogo) poderia começar às 19 horas", comenta o também palmeirense Enzo Baldacci, de 18 anos, aspirante ao curso de Medicina. No ano passado, na Fuvest - principal processo seletivo da Universidade de São Paulo (USP) -, o garoto já teve de conviver com tensão semelhante no jogo em que o Palmeiras se confirmou campeão brasileiro. "Uma hora escutei muito barulho vindo da rua. Daí dei uma desconcentrada, mas evitei pensar nisso", lembrou.

"Vou tentar (sair mais cedo), mas vai ser difícil: sou meio devagar", brinca.

Já a corintiana Camila Pires, de 19 anos, disse estar focada na prova. "Se fosse para sair mais cedo para ver eu jogo, eu nem viria, estaria em Itaquera (onde ocorreu a partida)", disse a garota, que também pretende cursar Medicina, vestida com uma jaqueta do Corinthians.

Rodrigo Manzaro, de 16 anos, imitou a amiga Camila ao usar o uniforme do time - mas o adversário. "Sempre estou com camisa do Palmeiras quando tem jogo", contou ele, que deseja cursar Engenharia Civil.

Concentração

"Como fazer para se concentrar na prova em um dia tão importante para o seu time?", perguntou Erick Junior, de 17 anos. Para não se distrair, o corintiano usou um par de tampões de ouvido. Para aliviar a tensão, ele até meditou antes da prova. No fim da tarde, ele estava confiante - tanto nos estudos quanto no futebol.

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