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General Ratko Mladic pega prisão perpétua por genocídio e crimes de guerra

Redação Folha Vitória

Haia - Um tribunal da Organização das Nações Unidas sentenciou nesta quarta-feira o general servo-bósnio Ratko Mladic à prisão perpétua por genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra durante a Guerra da Bósnia, nos anos 1990. O Tribunal Criminal Internacional para a ex-Iugoslávia concluiu que Mladic era culpado em 10 dos 11 quesitos de que era acusado, inclusive por genocídio diante de seu papel "instrumental" no massacre de Srebrenica, no qual cerca de 8 mil homens e garotos muçulmanos foram mortos, em 1995.

O processo levou no total mais de duas décadas, durante as quais se encontraram provas e Mladic foi julgado. Ele foi preso em 2011, após ficar 14 anos foragido. O julgamento levou no total quatro anos e incluiu quase 600 testemunhas dos acontecimentos na Bósnia.

Mladic sentou no tribunal para ouvir o veredicto, mas foi retirado do local uma hora e meia depois, quando começou a gritar. O incidente ocorreu após o juiz negar o pedido do advogado para que o veredicto fosse adiado, por causa da pressão alta do réu.

Durante vários dias em meados de julho de 1995, as tropas de Mladic executaram homens e meninos em Srebrenica e no seu entorno. Trata-se da maior matança em solo europeu desde o fim da Segunda Guerra (1939-45). O juiz concluiu que Mladic era diretamente envolvido e responsável pelos acontecimentos, bem como pelo terror imposto no sangrento certo a Sarajevo. Ele também foi culpado por fazer mantenedores de paz da ONU como reféns.

Cerca de 140 mil pessoas morreram no conflito bósnio, que terminou com uma série de acordos mediados pelos EUA entre as partes em conflito, em grande medida dividindo o controle político da Bósnia a partir de linhas étnicas. Quase a metade dos mortos era de muçulmanos bósnios. Fonte: Dow Jones Newswires.

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