Morte irmãos carbonizados

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Justiça concede liberdade provisória para Juliana Sales

Juliana e Georgeval foram acusados pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) de duplo homicídio, duplo estupro e fraude processual, por alterar a cena do crime

André Vinicius Carneiro

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução
Juliana Sales foi presa no dia 20 de junho deste ano, em Minas Gerais. 

Juliana Pereira Sales Alves, esposa de Georgeval Alves e mãe dos irmãos mortos carbonizados Joaquim Alves, de 3 anos, e Kauã Salles Butkovsky, de 6 anos, teve o pedido de liberdade provisória aceito pela Justiça. O pedido de revogação da prisão foi feito pela defesa de Juliana, durante audiência realizada no dia 23 de outubro, em Linhares, com base nos depoimentos e nas provas produzidas. A decisão foi proferida nesta quarta-feira (07), pelo juiz responsável pelo caso, André Bijos Dadalto, da 1ª Vara Criminal de Linhares

De acordo com informações apurada pelo Folha Vitória, o alvará de soltura já foi expedido e Juliana pode sair a qualquer momento do Centro Prisional Feminino de Cariacica (CPFC), onde permanece detida, segundo a Secretaria Estadual de Justiça (Sejus). Ela não será encaminhada para Linhares, no norte do Estado, município onde mora os familiares. Como o processo tramita em segredo de justiça, não há mais detalhes sobre o despacho do magistrado.

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Juliana e Georgeval foram acusados pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) de duplo homicídio, duplo estupro e fraude processual, por alterar a cena do crime. George ainda é acusado de tortura. A denúncia foi aceita pela Justiça e os dois se tornaram reús. George Alves está preso desde o dia 28 de abril e Juliana desde o dia 20 de junho.  

Crime

Foto: Divulgação
Joaquim e Kauã. 

O crime aconteceu no dia 21 de abril. Inicialmente, Georgeval Alves, que é pai e padrasto dos meninos, disse que ele morreram em um incêndio que atingiu apenas o quarto onde as vítimas dormiam.

Mas, segundo a polícia, a versão dele não estava de acordo com os fatos apurados durante as investigações.

No dia do incêndio, a mãe disse que estava em um congresso em Minas Gerais com o filho mais novo do casal.

No enterro dos filhos, ela estava acompanhada de parentes e da polícia, já que tinha solicitado escolta por segurança.

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