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Covid-19: taxa de transmissão volta a crescer no ES e Estado busca aumentar capacidade de hospitais

Atualmente o Espírito Santo tem 79% dos leitos de UTI ocupados e 70% de ocupação em leitos de enfermaria

Foto: Divulgação

Em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (13), o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin atualizou algumas informações sobre a situação da pandemia no Espírito Santo. Segundo Reblin, nas últimas semanas, a taxa de transmissão da covid-19 voltou a crescer no Estado e está acima de 1.

O secretário também ressaltou que a rede hospitalar está recebendo muitos pacientes com outras doenças respiratórias, doenças crônicas, vítimas de acidentes de trânsito, além de pacientes com coronavírus, o que representa uma sobrecarga no atendimento.

De acordo com o subsecretário, atualmente o Estado tem 79% dos leitos de UTI ocupados (412 leitos) e 70% de ocupação em leitos de enfermaria (424 leitos).

Para aumentar a capacidade de atendimento, o Estado abriu 10 leitos de UTI no Hospital São Camilo, em Aracruz, 10 leitos de UTI no Hospital Santa Mônica, em Vila Velha, 4 leitos de UTI no Hospital Santa Maria, em Colatina, 5 leitos no Hospital Evangélico em Vila Velha, todos destinados exclusivamente para covid-19.

A partir de segunda-feira (16) também serão mais 130 leitos de UTI, abertos ao longo de 90 dias, e 177 leitos de enfermaria, segundo Reblin. O investimento é de R$ 29 milhões. 

Eleições

Reblin ressaltou que no domingo (15), dia de Eleições Municipais, o uso de máscaras é obrigatório e que as pessoas devem, ao máximo, respeitar o distanciamento social e a etiqueta de higiene. "Seguindo essas regras, poderemos cumprir o papel cidadão de votar, com risco muito baixo de contágio pelo coronavírus", disse.

Inquérito Escolar

Segundo Reblin, em razão de algumas dificuldades técnicas, o inquérito escolar ainda não foi encerrado. Já foram coletados materiais em 13 cidades do Estado. O prazo para conclusão do levantamento não foi divulgado.

Escolas não se mostraram vetores da covid-19

Na avaliação do secretário de educação, Vitor de Ângelo, que também participa da entrevista coletiva, após um mês do retorno das aulas presenciais, as escolas não se mostraram um ambiente de vetor da covid-19, ao contrário do que muitas pessoas pensaram no início da pandemia. 

"Nada indica que as escolas, ao contrário do que muitas pessoas podem eventualmente pensar, constituem o vetor de propagação da covid-19. Pelos percentuais e pelos números, tudo indica o contrário. De tal modo que uma reflexão precisará ser feita nas próximas semanas sobre os protocolos de abertura e fechamento de diversas atividades, incluindo a educacional", disse Vitor.

Ainda segundo a avaliação dos números colhidos durante o retorno das aulas presenciais no Estado, não há conclusões de que alunos transmitiram a doença para professores, visto que o percentual de alunos positivados tende a zero, segundo Vitor de Ângelo.

Casos de covid-19 são acompanhados nas escolas

- Ensino superior: 87 estudantes confirmados e 39 confirmados;

- Escolas particulares: 70 estudantes confirmados e 126 profissionais confirmados;

- Escolas estaduais: 26 estudantes confirmados e 300 profissionais confirmados;

- Desde o retorno, três escolas estaduais foram fechadas por conta dos casos positivados.

Percentual de infectados nas escolas, segundo secretário de educação, é baixo

Segundo o secretário de Educação do Estado, Vitor de Ângelo, em análise geral, o percentual de alunos e profissionais da educação infectados é baixo. De acordo com Vitor, 0,07% dos estudantes testaram positivo para a doença e 2,3% dos profissionais foram infectados pelo coronavírus.

Escolas que serão locais de votação

O secretário de Educação também ressaltou que as escolas que, no domingo (15), vão funcionar como locais de votação nas Eleições Municipais, devem ficar fechadas na segunda-feira (16) para higienização.

Panorama atual

Sobre a atual situação da pandemia observada no Espírito Santo, o subsecretário Reblin disse que o Estado acompanha o aumento no número de casos e de internações. Com relação ao índice de óbitos por covid-19, ele ressaltou que apesar do crescimento nos últimos 14 dias, por enquanto, os dados ainda são de estabilidade. Porém, o subsecretário ressalta a preocupação sobre o comportamento das pessoas. 

"Nós estamos vivendo um aumento de casos. Esse aumento de casos se deve a uma maior interação entre as pessoas. Infelizmente há um comportamento de que a pandemia está encerrada, então muitas pessoas não adotam os cuidados que nós recomendamos sempre. Não é uma sobrecarga absoluta nos hospitais e isso não se reflete no número de óbitos. Entendemos que vamos conviver com esse modelo em que houve uma curva principal e que haverão curvas de elevação e depois diminuição de casos, até que uma vacina esteja disponível", pontuou Reblin.






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