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Marinha conclui inquérito sobre acidente de lancha que matou estudante em Vitória

De acordo com a Capitania dos Portos, o inquérito teve o propósito de apurar as causas, circunstâncias e possíveis responsabilidades pelo ocorrido, sem julgá-lo

Foto: Reprodução | Leitor

Mais de três meses depois, a Marinha do Brasil, por meio da Capitania dos Portos do Espírito Santo, concluiu o inquérito sobre o acidente de lancha que resultou na morte da estudante de fisioterapia Bruna França Zocca, de 25 anos. O acidente aconteceu no dia 25 de julho deste ano, na Baía de Vitória.

De acordo com a Capitania dos Portos, o inquérito teve o propósito de apurar as causas, circunstâncias e possíveis responsabilidades pelo ocorrido, sem julgá-lo. Ainda segundo a Capitania, durante o inquérito, foram ouvidas as testemunhas, além de colhidas informações e provas para que pudessem ser analisadas e levadas a julgamento.

A Marinha informou ainda que o documento foi encaminhado ao Tribunal Marítimo, que fará a devida distribuição e autuação e dará vista à Procuradoria Especial da Marinha.

A Polícia Civil também instaurou um inquérito para apurar o acidente. Por meio de nota, a corporação informou que as investigações seguem em andamento na Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (DDT), que todas as medidas legais foram adotadas e que estão tramitando dentro prazo legal. A PCES informou ainda que não há atualizações que possam ser divulgadas no momento.

Confira a nota da Marinha na íntegra:

A Marinha do Brasil, por intermédio da Capitania dos Portos do Espírito Santo, informa que concluiu o Inquérito Administrativo sobre Fatos da Navegação (IAFN), ocorrido em 25 de julho de 2020, sobre a Lancha “DIAMANTE” que colidiu com a passarela do Terminal da TECHNIP. O inquérito teve o propósito de apurar as causas, circunstâncias e possíveis responsabilidades pelo ocorrido.
Vale ressaltar que o Inquérito Administrativo tem como propósito apurar fatos, sem julgar o ocorrido. Dessa forma, durante o inquérito, foram ouvidas as testemunhas, além de colhidas informações e provas para que pudessem ser analisadas e levadas a julgamento.
O Inquérito foi encaminhado ao Tribunal Marítimo, que fará a devida distribuição e autuação e dará vista à Procuradoria Especial da Marinha, para que adote as medidas previstas no Art. 42 da Lei nº 2.180/54.
Cabe destacar que a Marinha incentiva e considera importante a participação da comunidade, que pode ser feita pelos telefones 185 (número para emergências marítimas e pedidos de auxílio) e (27) 2124-6526 (diretamente com a CPES para outros assuntos, inclusive denúncias). Também estão disponíveis o e-mail [email protected] e o aplicativo "Praia Segura", que pode ser baixado gratuitamente em aparelhos celulares Android e iOS.

Relembre o caso

O acidente que tirou a vida de Bruna França Zocca aconteceu nas proximidades das instalações do Porto de Vitória, na altura da Ilha do Príncipe, na capital. Na época, a Marinha informou que o local não é liberado para o tráfego e fundeio de embarcações.

A lancha, conduzida pelo empresário José Silvino Pinafo, dono da embarcação, colidiu em uma estrutura de aço. O condutor ficou ferido e precisou ser internado. Já Bruna, que era noiva dele, morreu no local.

Segundo testemunhas, o dono da embarcação teve o pulmão perfurado e sete costelas quebradas. Por causa dos ferimentos, José Silvino Pinafo precisou ser internado em um hospital da capital. O empresário recebeu alta hospitalar dois dias após o acidente.

José Silvino, que tem experiência com pilotagem marítima, havia comprado a lancha cerca de um mês antes da batida. Segundo a Marinha, o empresário é habilitado e a lancha estava devidamente regularizada junto à Capitania dos Portos. Ela possui capacidade para 13 pessoas. No momento da batida, havia sete ocupantes na embarcação.

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