Dino (divulgador de notícias)

Geral

Fintechs podem auxiliar no aumento do acesso ao crédito para as MPMEs

No primeiro semestre de 2021, foram abertos 2,1 milhões de novos negócios, entre pequenas e micro empresas e microempreendedores individuais (MEIs), número 35% maior do que no mesmo período de 2020, segundo o Sebrae, mas apenas 26% conseguiram concessões de crédito este ano.

Baixa burocracia, agilidade no processo e condições de pagamento melhores são as principais motivações de 53% dos consumidores interessados na busca por crédito em bancos digitais, de acordo com uma pesquisa divulgada em julho deste ano pela Serasa e Opinion-Box. “O comportamento do consumidor final brasileiro mostrado neste estudo nos leva a refletir no que é possível às fintechs oferecer para pequenos e médios empreendedores que carecem do acesso às taxas justas de mercado para que consigam manter o funcionamento de seus negócios”, afirma Felipe Avelar, fundador e CEO da fintech Finplace.

A importância desta reflexão sugerida pelo CEO da Finplace é justificada em números. Afinal, somente no primeiro semestre deste ano, foram abertos 2,1 milhões de novos negócios, entre pequenas e micro empresas e microempreendedores individuais (MEIs). O número é 35% maior do que no mesmo período de 2020 e o mais elevado desde 2015, segundo o Sebrae. De acordo com o Governo Federal, as PMEs, como são usualmente chamadas, representam 30% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e são responsáveis por 55% dos empregos gerados.

O executivo avalia que, com o aumento do número de empresas e o fim da fase mais restrita do isolamento social imposto pela pandemia, o País encontra-se em um momento de crescimento gradativo de empreendedores aptos a tomar crédito. Mas pondera. “Antes de recorrer a uma linha de crédito adequada, é necessário avaliar as necessidades e planejar o negócio para que a receita seja maior que os gastos”, avisa.

Dados recentes do Sebrae e Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostram que 26% das PMEs conseguiram concessões de crédito (no ano passado, apenas 6% foram contemplados). “Apesar do aumento em um ano, o número de financiamentos aprovados ainda é pequeno e reflete a dificuldade em que se encontram empresários e a falha do sistema financeiro tradicional no aporte a estas empresas”, avalia Avelar.

"Acredito que um marketplace de crédito pode ser uma opção mais rápida e sem burocracias na comparação de modelos de financiamentos adequados a cada demanda, pois facilita o empreendedor negociar de forma online com vários financiadores ao mesmo tempo", sugere CEO da Finplace, que, em dois de operações, já contribuiu em mais de R$ 700 milhões de créditos disponibilizados para mais de 1,8 mil micros, pequenas e médias empresas (MPMEs).

Iniciativas facilitadoras de crédito e experts no gerenciamento de recursos empresariais de uma fintech, por meio de intermediação com a cadeia de crédito, o chamado Supply Chain Finance, garantem que a grande oferta de mais de um player reduzam significativamente a linha de crédito, trazendo facilidades e segurança para ambas as partes. "Em termos técnicos, o rating passa para o pequeno empresário e ele consegue antecipar o recebível de forma fácil e dinâmica. O modelo, crescente no Brasil, garante unificar as necessidades do micro, pequeno e médio empresário, que precisa do capital de giro para sua empresa", explica o CEO da Finplace. 

Pontos moeda