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Mundo atinge em 2020 a meta para 2030 no número de pessoas com diabetes

A previsão é que esse número aumente para 643 milhões em 2030 e 784 milhões em 2045.

Foto: Divulgação/DINO

O mundo atingiu, em 2020, a meta prevista para 2030 no número de pessoas com diabetes. Nos dois últimos anos o aumento foi de 16%, segundo dados preliminares que integram o novo Atlas do Diabetes, divulgado pela Federação Internacional de Diabetes. Atualmente a doença já atinge 537 milhões de adultos, com idades entre 20 e 79 anos, sendo 32 milhões nas Américas do Sul e Central. A previsão é que esse número aumente para 643 milhões em 2030 e 784 milhões em 2045.

"Em 90% dos casos, o diabetes se manifesta como o Tipo 2, que está relacionado ao sobrepeso, obesidade e maus hábitos de vida", afirma o médico endocrinologista e presidente da SBD-PR (Sociedade Brasileira de Diabetes/Paraná), André Vianna.

O novo Atlas do Diabetes será lançado oficialmente no dia 06 de dezembro. Ainda de acordo com o Atlas, 81% dos adultos com diabetes vivem em países com baixa e média renda. 

Obesidade x diabetes tipo 2 -  Outra constatação recente foi que a perda de peso de 15% ou mais deve se tornar um foco central de gerenciamento do diabetes tipo 2 (T2D), uma vez que pode reverter as anormalidades metabólicas da doença e melhorar o controle da glicemia. A informação está  no estudo publicado no The Lancet e apresentado na Reunião Anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (EASD). O estudo avaliou uma intervenção intensiva de estilo de vida em pacientes com sobrepeso ou obesidade e que desenvolveram o diabetes tipo 2 há menos de 6 anos. Como resultado, foi identificada a remissão da doença em 70% daqueles que perderam 15kg ou mais (com peso médio de 100 kg). 

O médico endocrinologista André Vianna, também presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes no Paraná (SBDPR), ressalta que a obesidade é um dos maiores fatores de risco para o Diabetes Tipo 2. "A redução da obesidade e medidas de prevenção e controle ​​são eficazes e muito mais econômicas para os sistemas de saúde, tendo em vista os custos que representam o tratamento de pessoas com o avanço da doença e o conjunto de complicações que podem vir com a condição", ressalta.

Ele reforça que a maioria dos pacientes, entre 40% e 70%, com diabetes tipo 2 terá uma ou mais características de resistência à insulina, o que significa que a doença é provavelmente impulsionada pelo aumento da gordura corporal, pressão alta e doença hepática gordurosa.

Números - Cerca de 16 milhões de brasileiros vivem com diabetes no país, segundo dados da Federação Internacional de Diabetes (IDF) e mais de 90% dos pacientes apresentam o diabetes do tipo 2, condição diretamente relacionada ao acúmulo de gordura corporal. No mês de conscientização sobre a doença, conhecido como Novembro Diabetes Azul, profissionais da área da saúde reforçam a importância de uma alimentação saudável, tanto para controlar o diabetes, quanto para evitar a doença.

André Vianna explica que o diabetes se manifesta quando o pâncreas não produz mais insulina em quantidade suficiente, hormônio que controla o nível de glicose no sangue. Segundo ele, essa carência acontece de acordo com o tipo de diabetes. “Quando o paciente é diagnosticado com diabetes tipo 1, há uma questão hereditária, e normalmente a pessoa é diagnosticada ainda na infância. Já o tipo 2 é uma consequência da obesidade e sedentarismo, por isso o alerta para hábitos saudáveis”, afirma.

Segundo ele, a prevenção do diabetes tipo 2 deve ser baseada em uma dieta saudável e consciente e na prática de atividades físicas. Já no caso dos pacientes com diabetes tipo 1, que não têm problemas com sobrepeso, a tarefa fica na contagem de carboidratos.

Complicações - O diabetes pode resultar em graves complicações como cegueira e amputações, quando não acompanhado e controlado corretamente. Para manter a qualidade de vida mesmo com diabetes, a orientação é fazer acompanhamento regular com um médico endocrinologista e nutricionista para auxiliar no controle da doença.

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