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Quatro vítimas de ataques em escolas de Aracruz seguem internadas em estado grave

Três pessoas continuam internadas com quadro de saúde estável. Outras quatro morreram após os ataques realizadas em escolas de Aracruz na última sexta (25)

Gabriel Barros

Foto: Lucas Pisa / TV Vitória

Das sete vítimas dos ataques em escolas de Aracruz, no Norte do Espírito Santo, que permanecem internadas, quatro estão em estado grave.

De acordo com o boletim divulgado pela Secretaria da Saúde do Espírito Santo (Sesa) na manhã deste domingo (27), duas mulheres, de 45 e 52 anos, estão internadas na UTI do Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves, na Serra, com grave estado geral.

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As duas crianças que estão internadas no Hospital Estadual Nossa Senhora da Glória, em Vitória, sendo um menino de 11 anos e uma menina de 14 anos, também estão internadas na UTI em estado grave. A adolescente, de acordo com o boletim, está entubada.  

Uma mulher, de 58 anos, está internada no Hospital Estadual de Urgência e Emergência, também na Capital. O quadro dela, de acordo com a Sesa, é estável. 

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O último boletim divulgado pelo Hospital São Camilo, em Aracruz, na noite deste sábado (26), informou que as duas vítimas internadas na enfermaria da unidade estão estáveis. 

Por conta da Lei Geral de Proteção de Dados e dos princípios da liberdade e da privacidade, os nomes dos pacientes não são divulgados.

Tragédia em escolas de Aracruz deixou quatro mortos

Duas escolas de Aracruz foram alvos de ataques na manhã da última sexta-feira (25). O atirador começou os ataques na Escola da Rede Estadual Primo Bitti e, em seguida, foi para o Centro Educacional Praia de Coqueiral (CEPC).

Os ataques foram realizados por um adolescente, de 16 anos, que foi apreendido na tarde de sexta-feira. Segundo a polícia, ele confessou o crime e disse que planejou os ataques por dois anos. O jovem é ex-aluno de uma das escolas.

Para cometer o crime, o adolescente usou uma pistola .40, que pertence a um tenente da Polícia Militar, pai do jovem, e um revólver calibre 38, arma particular do policial.

O adolescente não terá o nome divulgado por ser menor de idade. No momento do ataque, ele usava roupa camuflada, uma máscara de caveira e um bracelete com o símbolo nazista.

O suspeito chegou ao local a bordo de carro no modelo Renault Duster, cor dourada e com as placas cobertas. Ele entrou na escola estadual, onde atirou contra professoras. Duas delas morreram no local e uma terceira morreu no hospital.

Em seguida, ele entrou no carro e se dirigiu para a escola particular, onde entrou correndo e efetuou diversos disparos. Uma adolescente morreu.

Sete feridos foram liberados após atendimento, mas cinco pessoas ainda continuam internadas em hospitais de Vitória, entre elas um menino de 11 anos e um menino de 14 anos que estão em estado gravíssimo.

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Na manhã deste sábado (26), a Polícia Civil informou, por meio de nota, que o adolescente responderá por ato infracional análogo aos crimes de dez tentativas de homicídio qualificada por motivo fútil, que gerou perigo comum e com impossibilidade de defesa da vítima e, três homicídios qualificados por motivo fútil, que gerou perigo comum e com impossibilidade de defesa da vítima.

Ao ser questionada sobre a autuação pela quarta morte, a Polícia Civil explicou que o indiciamento só poderá ser feito ao final das investigações, que ainda estão no início. A autuação em flagrante difere do indiciamento, tendo em vista que se trata do momento do fato.

O que diz a defesa?

A advogada de defesa do adolescente, Priscila Benichio Barreiros, disse que aguarda a representação do Ministério Público do Espírito Santo para se posicionar sobre o ocorrido.

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