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Chuva no ES: saiba quais sinais indicam que é hora de sair de casa

Tenente-coronel Wagner Borges, do Corpo de Bombeiros do Espírito Santo, alertou para rachaduras e quedas de árvores próximas à residência como fatores de risco

Marcelo Pereira

Foto: Divulgação/ Defesa Civil ES

Com a previsão de mais chuva até o início da próxima semana, o Espírito Santo vive momento de atenção máxima por parte das forças de segurança. O tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Militar, Wagner Borges, acredita que as futuras precipitações que estarão em grande volume e intensidade.

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"A chuva que cairá até 5 de dezembro tem previsão de precipitação de 400 mm. O problema é que o solo está bastante encharcado. Qualquer quantidade de chuva que vier de agora para frente pode provocar colapsos no local, principalmente nas encostas. Estamos com 26 alertas no Espírito Santo", alertou, durante entrevista no programa Fala Espírito Santo, da TV Vitória/Record TV, na tarde desta quarta-feira (30).

Foto: Reprodução TV Vitória

Dentro desse cenário, ele falou sobre alguns sinais que indicam que a residência pode estar em risco e que é hora de deixar o imóvel. Segundo Borges, é preciso estar atento às condições estruturais. 

"Se o vidro de uma janela quebra de maneira natural significa que pode estar acontecendo uma compressão em alguma parte da estrutura. Se há rachaduras no chão, na parede da casa após período de chuva, se há erosão no quintal e deslizamento de parte de encosta próximas à residência é preciso ficar alerta", apontou.  

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"Rachaduras que surgem no período de chuva ou até seis a 10 dias após as chuvas, é preciso ter atenção pois pode ser indício de um futuro desastre", acrescentou.

As árvores também podem funcionar como alerta. "Uma árvore que caiu no período de chuva pode ser um indício de que o terreno onde ela se encontra pode estar comprometido. O terreno pode ser levado pelas chuvas, dando indícios de risco para o imóvel construído ali", aponta.

Ele recomenda que, em caso de qualquer um desses sinais, o morador acione imediatamente a Defesa Civil Municipal para que a equipe faça uma avaliação do terreno. Ele diz que só assim, o morador poderá ter plena certeza se é viável continuar ali. "O importante é sempre seguir as orientações dos agentes", reforça.

O bombeiro lembrou que o Espírito Santo está com 26 alertas, de acordo com o boletim atualizado da Defesa Civil Estadual. Desses, 20 são para os chamados movimento de massa ou deslizamento de terra. 

"Estão com esse risco alto principalmente as cidades de Ibiraçu, Aracruz e Serra porque já choveu muito nesses locais. O solo está bastante comprometido e a chuva que vier pode desencadear uma situação como a que aconteceu no bairro São Benedito, em Vitória, onde houve o desmoronamento de uma casa após o desmoronamento de uma encosta", comparou.

Segundo o coronel, já chega a 706 o número de pessoas que precisaram deixar suas casas por conta das chuvas no Espírito Santo na tarde desta quarta.

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