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Chuvas no RS: Dilma promete ajuda

Redação Folha Vitória

Porto alegre - A presidente Dilma Rousseff prometeu ontem ajuda aos municípios gaúchos afetados pelas chuvas e disse que é preciso retirar, de forma permanente, as pessoas de áreas de risco. Ela sobrevoou pela manhã as áreas atingidas no Rio Grande do Sul e se reuniu com prefeitos para ouvir as necessidades dos moradores.

De acordo com a Defesa Civil do Estado, 1.795 famílias de 38 municípios foram afetadas pelas chuvas dos últimos dias no Rio Grande do Sul. Ao todo, nove cidades gaúchas ainda têm moradores desalojados ou desabrigados: Agudo, Alegrete, Barra do Quaraí, Itaqui, Jaguari, Quaraí, Rosário do Sul, São Borja e Uruguaiana. Até agora, 12 municípios decretaram situação de emergência. Os Rios Quaraí e Uruguai transbordaram.

As enchentes castigaram, principalmente, a fronteira oeste e a região central do Estado. Após o encontro em Uruguaiana, Dilma disse que o governo está trabalhando em três frentes para ajudar os municípios, em conjunto com o Estado e as prefeituras: a primeira é o resgate das famílias atingidas; a segunda é a recuperação das cidades, principalmente das estradas vicinais; e a terceira é a retirada das pessoas das áreas de risco. Ela culpou o fenômeno El Niño pelas cheias no Sul e pela seca no Nordeste.

A presidente anunciou que o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, voltará ao Rio Grande do Sul na próxima semana para discutir ações concretas que podem ser tomadas, como a liberação pela Caixa Econômica Federal de recursos do FGTS para os cidadãos das regiões prejudicadas.

Ela também afirmou que muitas das cidades atingidas são áreas agrícolas, principalmente de plantio de arroz. Segundo ela, os prefeitos manifestaram preocupação com relação ao possível comprometimento da safra. Ela disse que o Ministério da Agricultura vai estudar alternativas para o problema.

Dilma reforçou a importância de que as famílias afetadas pelas enchentes sejam realocadas de forma definitiva. "Nós não queremos que as pessoas voltem para o lugar em que estavam antes e que foi objeto do alagamento. Senão vamos ficar, usando uma expressão popular, enxugando gelo." Ela defendeu a cooperação entre União, Estado e municípios. "É uma situação muito difícil, principalmente nesse momento de festas."

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