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Lama ocupa mais de 230 quilômetros quadrados no litoral do ES e pode chegar a São Mateus e Aracruz

Previsão é de técnicos do Iema e especialistas da Ufes, que admitem que os rejeitos podem chegar até a foz do Rio Piraquê-Açu, onde existem duas unidades de conservação federal

Lama de minério atingiu o oceano, na altura de Regência, em Linhares, e se espalha pelo litoral do Espírito Santo Foto: TV Vitória

A lama com rejeitos de mineração da Samarco, que chegou ao litoral do Espírito Santo no dia 21 de novembro, pode chegar a São Mateus e Aracruz. Essa é a previsão de técnicos do Instituto Estadual de Recursos Hídricos (Iema) e especialistas da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

De acordo com o Iema, o último sobrevoo realizado por profissionais do instituto, nesta quarta-feira, constatou que a lama de rejeitos está concentrada em uma área de cerca de 233 quilômetros quadrados na região de Regência, litoral de Linhares, norte do Estado, onde fica a foz do Rio Doce. 

O monitoramento apontou que a mancha de resíduos de minério se estende por mais de 36 km ao norte da foz, 21 km mar adentro e 11 km ao sul. Nessa direção, segundo os especialistas, os rejeitos podem chegar até a foz do Rio Piraquê-Açu, em Aracruz, local onde existem duas unidades de conservação federal.

A lama com resíduos de minério chegou ao litoral capixaba após percorrer a calha do Rio Doce, desde Minas Gerais. Os rejeitos são provenientes da barragem de Fundão, que pertence à mineradora Samarco e se rompeu na tarde do dia 5 de novembro, na localidade de Bento Rodrigues, em Mariana (MG). 

Após destruir praticamente toda a região, a onda de lama atingiu o Rio Doce e seguiu até o Espírito Santo, afetando a população de diversos municípios. No Espírito Santo, as cidades mais afetadas pela onda de lama foram Baixo Guandu, Colatina e Linhares.

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