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Feira de animais com deficiência e idosos no próximo sábado em Jardim da Penha

Para adotar um animal, é preciso ser maior de 18 anos, levar CPF, RG e comprovante de residência e gostar de animais

Jhony, que não tem uma das patas, está à espera de um novo lar no CVSA há três anos Foto: Carlos Antolini

Animais de raça ou filhotes são os primeiros a serem adotados quando chegam ao Centro de Vigilância em Saúde Ambiental (CVSA). Para que outros pets também tenham a chance de conquistar um novo lar, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) realiza, neste sábado (16), na praça do supermercado EPA de Jardim da Penha, das 9 às 13 horas, a 2ª edição da Feira de Animais Deficientes e Idosos.

Os animais mais adotados são os que se encaixam no ideal de 'pet', ou seja, quanto mais jovens, claros e peludos, maiores são as oportunidades. O Jhony, por exemplo, é um cão idoso com deficiência de uma pata que vive no CVSA há 3 anos.

Para a veterinária do CVSA, Renata Bessa, um animal com deficiência ou idoso pode levar uma vida normal. "Muitos deles não precisam sequer de acompanhamento médico por conta da deficiência ou idade avançada e todos são grandes companhias. Podem ser animais mais calmos e caseiros".

Não só os pets deficientes são rejeitados. Até bichinhos de determinadas cores ficam de canto em eventos e feiras de adoção.

"É preciso ter em mente que devemos combater as desigualdades também no campo animalesco, já que qualquer ser deste mundo necessita de cuidados e dá trabalho, seja ele branco, preto, caramelo, laranja, tigrado, deficiente ou não. O importante é focar no bem-estar que será proporcionado ao animalzinho e, claro, não se esquecer de quão recompensadora será a experiência", acrescentou a veterinária.

Pirata, que é um canino macho, adulto e deficiente de um dos olhos, estará disponível para adoção Foto: Divulgação Semus


Assim como o CVSA é responsável pela saúde e pelos cuidados dos animais, toda pessoa que tem um cão ou gato também deve assumir esse papel. "Não basta querer um animalzinho ou fornecer alimento e água. Quando se assume um animal, assume-se toda a responsabilidade por sua alimentação, saúde e bem-estar. O animal deve ser mantido sem acesso livre à rua, para não causar incômodo a outras pessoas ou outros animais".

O CVSA só recolhe animais com base no risco à saúde pública. Sendo assim, de forma geral, são situações passíveis de recolhimento: animais atropelados (por serem suspeitos de doença neurológica, como a raiva); animais que manifestam comportamento agressivo sem estímulo aparente; fêmeas no cio (por estimular o comportamento agressivo entre machos); e fêmeas com filhotes que estejam agressivas em função da ninhada e coloquem em risco a população do entorno.

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