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'Nova greve dos caminhoneiros não está descartada', diz líder da categoria no Espírito Santo

Manifestantes fecharam pontos da rodovia Dutra e o acesso ao Porto de Santos, em São Paulo, na manhã desta segunda-feira (10)

Gustavo Fernando

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação

Caminhoneiros autônomos realizaram manifestações em rodovias do Rio de Janeiro e de São Paulo na manhã desta segunda-feira (10). A manifestação é contrária à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, que proíbe multar empresas que estejam pagando valores em frete abaixo do mínimo estabelecido. Apesar de não ter acontecido movimento semelhante no Espírito Santo, uma nova greve dos caminhoneiros não está descartada por profissionais capixabas.

Segundo Ubirajara Nobre, líder dos caminhoneiros no estado, a tabela de frete não está sendo respeitada. Uma reunião com representantes da categoria deve acontecer ainda nesta semana. 

A tabela de frete foi uma das reivindicações da categoria junto ao Governo Federal. Em razão da crise econômica, muitos caminhoneiros estão cobrando abaixo do valor acordado. Segundo a categoria, isso acontece porque não há fiscalização. 

A maioria das lideranças ainda aguarda desdobramentos de medidas em discussão em Brasília. O movimento está dividido. Há grande insatisfação na base e líderes tentam conter uma radicalização.

De acordo com José Liemar Pretti, presidente da Transcares (Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística do Estado do Espírito Santo), os movimentos foram isolados em todo o país. Além disso, não houve informações de qualquer tipo de paralisação no Espírito Santo. 

CNT
A Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou nota na qual se posiciona contra a greve de caminhoneiros e reafirma seu compromisso a favor do livre mercado. Na nota, informa ainda que nada tem a ver com o Comando Nacional do Transporte, que estaria utilizando a mesma sigla da entidade.

Divisão

A divisão dos caminhoneiros em relação a uma nova greve enfraquece o movimento. Ao contrário do que ocorreu em maio, quando a paralisação começou com apoio da população e até das empresas por causa do aumento do preço dos combustíveis, desta vez a categoria pode ter um movimento isolado.

Eles também ponderam que o País esta às vésperas do início da administração de Jair Bolsonaro. Muitos querem dar um tempo para o novo presidente começar os trabalhos e tomar decisões favoráveis à categoria.

Greve dos Caminhoneiros 
Durante a greve dos caminhoneiros, que aconteceu em todo o Brasil no mês de maio deste ano, houve desabastecimento de alimentos e combustíveis, além de um grande prejuízo em diversos setores da economia. No Espírito Santo a paralisação durou 10 dias. No ápice do movimento, cerca de 1.300 caminhoneiros se concentraram em 26 pontos. 


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