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'Apagão' da Vivo causou prejuízos de R$5 milhões para comerciantes capixabas, estima Fecomércio

De acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), 2.880.983 capixabas são atendidos pela operadora

Foto: Pixabay

O "apagão" da Vivo, que durou cerca de 5 horas na tarde de quinta-feira (17), no Espírito Santo, causou prejuízos para diversos setores, em especial os comerciantes, que operam por meio de aplicativo ou com ligações telefônicas. 

Segundo o presidente da Federação do Comércio de Bens e Serviços do Espírito Santo (Fecomércio-ES), José Lino Sepulcri, a estimativa é que, durante o tempo do “apagão” da Vivo, cerca de R$5 milhões não tenham sido faturados pelo setor no Estado.

“O apagão trouxe um prejuízo gravíssimo. O que ocorre é que a pandemia obrigou-nos a nos reinventar. As vendas tiveram um crescimento muito significativo, neste período, por meio do celular. Seja com aplicativos de carros, alimentação ou até mesmo o contato por Whatsapp ou as maquininhas de cartão”, explicou Sepulcri.

De acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), 2.880.983 capixabas são atendidos pela operadora. O número representa 71,1% dos usuários do serviço de telefonia móvel no Espírito Santo. Já a banda larga, atende a 27,3%, o que representa cerca de 172 mil usuários.

O presidente da Fecomércio-ES também esclareceu que o faturamento em média por dia no comércio do Espírito Santo é de R$25 milhões. Mesmo com os prejuízos, Sepulcri diz que a Federação não tem a quem recorrer a esse respeito e orientou que os comerciantes que tiveram prejuízos significativos, busquem junto a um órgão competente seus direitos. “Cabe a cada um (que se viu prejudicado) neste momento, estimar qual foi seu prejuízo e buscar solucionar com algum órgão competente”, disse.

O Procon-ES informou que notificou a operadora para prestar esclarecimentos sobre a suspensão temporária dos serviços. Os consumidores poderão reclamar, junto aos Procons e na Anatel, de falhas na cobertura de serviços da sua operadora. É importante informar o dia e horário que percebeu a interrupção do serviço e o tempo em que ficou sem acesso, além dos dados pessoais e da sua linha telefônica.

O órgão destacou que é direito do consumidor, em caso de interrupção de serviços não programados, como TV por assinatura, telefonia ou internet, obter um desconto proporcional pelo período em que o serviço ficou indisponível. Se a empresa não apresentar uma solução para o caso, poderá o consumidor formalizar a reclamação pelo aplicativo Procon-ES ou pelo site.

Entenda o "apagão"! 

Os problemas de instabilidade nos dados móveis, na internet residencial e também nas ligações telefônicas, começaram por volta das 12h. Segundo a Vivo, alguns clientes capixabas encontraram dificuldades ao utilizar os serviços de voz de dados das redes móvel e fixa, devido a rompimentos de cabos óticos que atendem a região. A operadora destacou que o rompimento já foi solucionado e o serviço restabelecido.

Em nota, a Anatel ressaltou que a prestadora deve comunicar as interrupções de serviço aos seus assinantes por meio do seu site na internet e disponibilizar informações em sua central de atendimento telefônico.

Por meio de nota, a Vivo informou que já estão normalizados, desde às 15h45, desta quinta-feira (17), os serviços de voz de dados das redes móvel e fixa no Espírito Santo. O problema ocorreu devido a rompimento em cabos óticos que atendem a região. Assim que detectada falha, equipes técnicas foram acionadas para garantir a normalização no menor tempo possível. A empresa ressalta que cumpre a regulamentação que estabelece os parâmetros para ressarcimento em caso de interrupção dos serviços.

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