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Novas variantes do coronavírus podem aumentar internações e mortes, afirma agência europeia

A nova mutação do vírus pode apresentar um poder ainda maior de disseminação da covid-19

Foto: Pixabay

Nesta terça-feira (29), o Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) afirmou que as novas variações do coronavírus representam um risco maior de disseminação da covid-19 e com uma probabilidade maior de atingir idosos e pessoas com comorbidades. O ECDC também apontou um impacto "avaliado como alto" para hospitalizações e mortes.

As novas mutações que o centro se refere são a VOC 202012/01, que foi descoberta no Reino Unido, e a 501.V2, encontrada na África do Sul. De acordo com o órgão, as chances de que ocorra uma propagação desta mutação na União Europeia são grandes.

Algumas análises primárias mostraram que as novas variantes aumentaram o poder de transmissão do vírus, mas não representaram aumento na gravidade dos sintomas e da infecção.

"Embora não haja informações de que as infecções por essas cepas sejam mais graves, devido ao aumento da transmissibilidade, o impacto da covid-19 em hospitalizações e mortes é avaliado como alto", informou em comunicado.

O ECDC ainda salientou o impacto desta nova disseminação para os sistemas de saúde ainda já nas próximas semanas. "A probabilidade de aumento da circulação de qualquer cepa de SARS-CoV-2 é considerada elevada devido à época festiva e, ainda mais elevada, em países onde as novas variantes estão estabelecidas".

As mudanças do vírus acontecem constantemente, devido aos processos de evolução e adaptação que este sofre, dando origem à novas variantes da conhecida SARS-CoV-2, processo que já era esperado, segundo a agência.

"Algumas mutações ou combinações de mutações podem fornecer ao vírus uma vantagem seletiva, como maior transmissibilidade ou capacidade de anular a resposta imune do hospedeiro. Nesses casos, essas variantes podem aumentar o risco para a saúde humana e são consideradas variantes preocupantes", disse a nota.

Até o último sábado (26), o Reino Unido havia registrado mais de três mil casos da variação do novo coronavírus, dado que foi confirmado após a realização do sequenciamento do genoma, de acordo com o relatório. Os primeiros casos de mutação teriam surgido no final do mês de setembro. Até o momento, a África do Sul conta com mais de 300 casos. A mutação foi encontrada pela primeira vez em outubro e agora é a forma dominante do vírus.

* Com informações do Portal R7 

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