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Sem acordo, motoristas e cobradores decidem entrar em greve na Grande Vitória

A Justiça decidiu ainda nesta quarta-feira que as empresas vão poder reduzir os salários e os benefícios concedidos aos rodoviários no dissídio que aconteceu em 2013.

Foto: Divulgação/Governo

Em assembleia realizada na tarde desta quarta-feira, os motoristas e cobradores do Estado decidiram entrar em greve. A paralisação está prevista para acontecer a partir das próximas 72 horas e será por tempo indeterminado. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do Sindicato dos Rodoviários (Sindirodoviários). 

Segundo o diretor executivo do GVBus, Elias Baltazar, o Sindicato das Empresas promete tomar todas as medidas judiciais cabíveis para garantir o máximo da frota em circulação. "Achamos que a categoria ia aprovar o reajuste. Nós entendemos que o índice dado ano passado foi acima da inflação", declarou Baltazar.

Já o Sindicato dos Rodoviários após duas assembleias que reuniu quase dois mil rodoviários, já entrou com um embargo contra a decisão do TST, conta o presidente do Sindirodoviários Carlos Roberto Louzada.

"Vamos continuar lutando, os rodoviários não concordam com essa redução e eu estou junto com eles", afirma Louzada.

O presidente ainda falou que os ônibus devem parar entre segunda (01) e terça-feira (02), após a publicação do edital de greve, que deve ocorrer até a sexta-feira (28). A justiça deve definir nesta quinta-feira a porcentagem da frota que vai circular.

Decisão
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) julgou o recurso impetrado pelo Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus) e pelo Setpes, referente ao dissídio coletivo do ano de 2013, e reverteu a decisão do Tribunal Regional do Trabalho. Pela decisão, as empresas vão poder rever o reajuste de 10% concedido para os motoristas. 

Além dos salários, a decisão atinge também reajuste do plano de saúde, ticket alimentação em R$ 2,00 e adicional de 10% para motoristas de seletivos e microonibus.
 
Pela decisão do TST, fica determinado que o GVBus e o Setpes  reduzam o reajuste concedido no salário e no plano de saúde de 10% para 5,58%, substituam o aumento do ticket alimentação de R$ 2,00 para um reajuste de 5,58%, suspendam o adicional de 10% para os motoristas de seletivos e microônibus, mantendo o salário deles igual ao dos motoristas convencionais, além de determinar descontos dos dias parados na greve em dezembro de 2013.

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