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Dia Mundial sem Carro. Veja a história de capixabas que adotam a bicicleta como transporte

A bicicleta deixou de ser um veículo simples, para se tornar um meio de transporte, ecológico, correto, anti estresse, capaz de unir diversos adeptos no Estado

Luciene faz tudo de bicicleta, trabalha, passeia, e vai até ao supermercado Foto: Divulgação

Balada, trabalho, supermercado, universidade, academia, sem trânsito, sem poluir, sem estresse e curtindo o visual da cidade. Essa é a rotina de quem trocou o carro pela bicicleta. Nesta terça-feira (22) é comemorado o Dia Mundial Sem Carro, data criada na França, em 1997, e adotada por vários países em todo o mundo.

A funcionária pública Luciene Gozzer, 48, deixou de usar o carro e usa a bicicleta para tudo. “Trabalho, vou ao supermercado, vou ao Centro de Vitória fazer compras na Vila Rubim, uso a bicicleta para tudo”, afirmou.

Ao invés de gastar 40 minutos de sua casa até a Praianha, em Vila Velha onde trabalha, ela gasta 15 minutos, de bicicleta. E usa o carro apenas para viajar.  “Uma amiga veio da Alemanha e eu fiz um passeio pela orla de Vitória com ela de bike, e ela achou tudo lindo. A bicicleta humaniza as pessoas”.

A universitária Jéfica Teixeira, 22, trouxe do interior do Estado o hábito de usar bicicleta. Natural de Rio Novo do Sul, ela disse que lá as pessoas usam muito a "magrela", e que começou a fazer o mesmo no começo de 2014. “Eu morava em Jardim da Penha e ia para a Ufes de bicicleta, depois me mudei e comecei a ir a outros lugares também”, falou.

O estimulo para usar a bicicleta começou após um passeio chamado 'Volta à Ilha' que Jéfica participou. Mas mesmo usando a bicicleta todos os dias, a universitária não se sente tão segura para pedalar na Capital. “Acho complicado, precisa de muitas melhorias, você encontra pedestre na ciclofaixa e a gente tem que se arriscar em calçadas”. 

A bicicleta é um passe livre

Para a educadora ambiental Detinha Son, 55, as ciclovias em Vitória são uma pauta que o prefeito Luciano Rezende tem cumprido, conforme promessa de campanha. Desde 2006 ciclovias e ciclofaixas já estavam previstas, e agora elas têm se tornado realidade na Capital.  O próprio prefeito é um adepto do veículo, e toda a sexta-feira vai trabalhar utilizando o meio.

“A gente cobrou e levamos a pauta para o prefeito, mas o maior problema que temos é a redução da velocidade, teve alguns acidentes com carros que invadiram a ciclovia”, lembrou Detinha que é uma adepta da bicicleta em tempo integral. 

Ela garante que as ciclovias são importantes, mas as vias têm que ser sinalizadas e fiscalizadas, e tem de haver punição para aqueles que infringem as normas. “É preciso a zona 30 nos bairros, é necessário baixar a velocidade dos veículos. Grandes capitais como Madri, Nova York, e São Paulo querem zerar a morte no trânsito. Queremos paz no trânsito”, pediu Detinha.

A educadora acredita que a bicicleta é um passe livre para qualquer lugar, barata e democrática. Diferente do carro que segrega as pessoas, e faz com que elas percam a capacidade de se comunicar. “São carros cada vez maiores com vidros mais escuros, você nem vê se tem gente dirigindo”. 

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