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Universitários capixabas fazem avião para disputar competição internacional

O objetivo é construir uma aeronave de pequeno porte acionada e controlada via rádio. Onze estudantes de engenharia mecânica e sete de engenharia elétrica, da Ufes, vão para São Paulo

Aeronave deve voar por 90 segundos Foto: Divulgação

Dezoito jovens universitários capixabas querem fazer história e irem para o circuito mundial de uma competição em que a exatidão impera. É a 17ª Competição SAE Aerodesign, que reúne estudantes de engenharia de todo o País para buscarem uma vaga na competição mundial.

O objetivo é construir uma aeronave de pequeno porte acionada e controlada via rádio. Onze estudantes de engenharia mecânica e sete de engenharia elétrica, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), embarcam no dia 27 de outubro para São José dos Campos, em São Paulo, onde acontece a competição, na sede do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA).

Um trabalho de quase um ano que é colocado à prova em noventa segundos de teste. Na última vez em que a equipe participou da competição, em 2014, ficou em 13º lugar. Em 2013, a equipe foi a quinta melhor. Em 2015, os capixabas estão animados para ficar entre os primeiros colocados para competir a nível mundial, nos Estados Unidos.

Modelo demora um ano para ser construído Foto: Divulgação

“A gente já passou pela ‘portinha’, quase fomos classificados. Ficar entre as cinco primeiras dentre 90 equipes é uma grande vitória, mas este ano queremos ir para o mundial. Estamos preparados para estarmos entre os melhores”, conta o capitão da equipe Aves Ufes, Gabriel Andrade.

E para sair tudo perfeito na apresentação que não pode ultrapassar um minuto e meio, os estudantes estudam durante quase um ano desde a concepção até a conclusão do projeto.

“A gente começou em novembro do ano passado, em um processo seletivo na Ufes. Nos meses de dezembro a janeiro, é feito a revisão bibliográfica e o método de projeto. Em fevereiro já começamos a projetar o avião. Depois disso ainda precisamos fazer testes e relatórios para tudo se adequar as regras”, explica Andrade.

Equipe de 2015 que irá a São Paulo Foto: Divulgação

E além de todo o trabalho teórico e prático, os estudantes ainda têm que correr atrás de recursos para colocar o projeto em prática. Os universitários recebem uma bolsa de R$ 400 da Ufes, devido ao projeto de extensão. O valor não é suficiente já que um modelo custa, no mínimo, R$ 4 mil.

“Nós trabalhamos com materiais de alta tecnologia, como fibra de carbono, madeira báltica, o que encarece o processo. Além da bolsa, nós recebemos patrocínio, desde dinheiro em espécie, até doação de materiais”, completa Andrade.

A 17ª edição do SAE Aerodesign acontece entre os dias 29 de outubro e 1º de novembro, em São José dos Campos, São Paulo. Os capixabas vão competir com outras 90 equipes em busca da classificação para o mundial, que acontece na Georgia, nos Estados Unidos.

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