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Fabricante de ração é obrigada a pagar R$ 12 mil por morte de cão

O animal, chamado Bud, era da raça Sharpei e tinha apenas 11 meses de vida quando morreu devido a uma intoxicação alimentar. Ele teria começado a passar mal após ingerir a ração

Cãozinho começou a passar mal após ingerir ração contaminada e morreu com apenas 11 meses de vida Foto: Divulgação (imagem ilustrativa)

A Justiça determinou que uma fabricante de ração deve indenizar em R$ 4 mil, por danos morais, cada um dos três integrantes de uma família que perdeu um cãozinho de estimação vítima de uma intoxicação alimentar causada pela ingestão de ração contaminada. Além disso, a empresa Adimax Pet, cuja sede fica no interior de São Paulo, deve ressarcir a família quanto aos gastos realizados com o tratamento do cachorro, que totalizaram R$ 790,00.

O animal, chamado Bud, era da raça Sharpei e tinha apenas 11 meses de vida. Segundo os proprietários, ele foi adquirido quando tinha um mês e, até então, era um cachorro forte e saudável. Após ingerir a ração, o filhote teria começado a emagrecer e a se recusar a comer o alimento.

Ao levarem a mascote ao veterinário, os donos foram informados que, segundo diversas notícias que circulavam na internet, a ração consumida pelo animal estaria contaminada com a substância tóxica denominada “aflatoxina” e, por causa disso, Bud corria risco de morrer.

Imediatamente foram administrados medicamentos para combater a doença. Além disso, exames constataram alterações nos órgãos internos do cãozinho, sugerindo intoxicação alimentar. Após o primeiro dia de internação, Bud faleceu.

Após a perda da mascote, a família pesquisou sobre a substância, constatando que vários outros animais já haviam morrido ao consumir a ração, que continuava à venda no mercado. A descoberta fez com que os donos encaminhassem o corpo de Bud para a necrópsia, quando obtiveram o resultado positivo para intoxicação.

O resultado positivo também foi obtido ao encaminharem amostras da ração para análise laboratorial, quando foi constatada a existência da substância tóxica no alimento.

Em sua defesa, a empresa alegou não haver provas da causa do óbito do animal, que poderia ter ocorrido por uma série de outras toxinas ou fatores, não havendo nenhum elemento nos autos que relacionasse a morte de Bud ao consumo de seu produto.

A empresa informou ainda que, ao ter conhecimento da variação apresentada na ração, realizou recall com divulgação em jornais de grande circulação no Estado do Espírito Santo.

Porém, para o magistrado da 5º vara cível de Vila Velha, todos os exames, documentos e reportagens apresentados pela requerente comprovam que a morte de Bud teve relação direta com o consumo da ração fabricada pela empresa. Dessa forma, o juiz concluiu pela condenação da fabricante, em função de todo o sofrimento causado aos donos do animal.

O outro lado

Por meio de nota, a Adimax Pet informou que o referido caso, ocorrido em 2012, já foi solucionado junto aos órgãos competentes. Ou seja, a notícia atual refere-se apenas a uma decisão final, de um determinado processo judicial, do ano de 2013.

A empresa disse ainda que, infelizmente, algumas pessoas estão divulgando inverdades nas redes sociais, contextualizando a notícia de forma a difamar a marca e a levar a conceitos errôneos acerca do produto.

A Adimax Pet também afirma que passa por fiscalizações rotineiras do Ministério da Agricultura e que atende a todos os requisitos legais vigentes, sempre prezando pela segurança de alimentos.

A empresa também se coloca à disposição do público para esclarecer quaisquer dúvidas, pelo Serviço de Atendimento ao Cliente, no telefone 0800 773 3577 ou no e-mail [email protected].

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