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Animais idosos ou deficientes estão há anos à espera de adoção no CVSA em Vitória

A cadela Sthefane, de nove anos, conseguiu ter um final feliz e ganhou um novo lar. Ela foi recolhida aos dois anos, recebeu os cuidados necessários e se recuperou de sequelas

Após seis anos esperando ser adotada no Centro de Vigilância em Saúde Ambiental (CVSA), em Vitória, a cadela Sthefane, de nove anos, conseguiu ter um final feliz e ganhou um novo lar. Ela foi recolhida aos dois anos, recebeu os cuidados necessários no local, como vacinas e castração, e se recuperou de sequelas pós-trauma.

Atualmente, o CVSA possui 51 animais em tratamento. Eles serão disponibilizados para adoção após serem reabilitados. Desses, 42 são cães adultos, alguns idosos, deficientes ou com alguma sequela. De janeiro a setembro deste ano, foram adotados 67 animais no espaço.

A cadela Gaya, por exemplo, apesar de ser mansa e tranquila, está há três anos no CVSA à espera de um lar. Ela reúne a maioria das características que dificultam as chances de um cão conseguir uma adoção: tem 11 anos, é sedentária e possui um tumor mamário que não foi removido devido à idade.

"A história da Gaya é um exemplo da realidade da fila de adoção no CVSA. Os animais mais adotados são os que encaixam no ideal de 'pet', ou seja, quanto menores, mais jovens, claros e peludos, maiores são as oportunidades de serem adotados", relatou a veterinária e chefe da equipe de Controle Animal do CVSA, Renata Bessa.

Cães de raça são adotados com mais frequência

Além dos filhotes, são adotados com mais frequência os animais que apresentam características de raça, a exemplo dos cães Spike (macho chow-chow) e Frida (fêmea bull terrier). Eles, contudo, possuem histórico de agressão e grande força física, de forma que a adoção deve ser bem avaliada.

"A adoção de animais com esse perfil deve ser feita com muito cuidado. O futuro responsável deve ter espaço suficiente e seguro para manter o animal, com uma área de tamanho adequado e devidamente cercada para evitar a fuga do cão ou danos a outras pessoas e animais. Também não é recomendado que o animal seja adotado por famílias com crianças ou idosos", complementou Renata.

Feira

Todo mês, o CVSA realiza uma feira de adoção. A próxima está marcada para 28 de outubro (sábado), das 9 às 13 horas, na rua Presente Costa e Silva, na praça de bocha do Bairro República.

A adoção também pode ser feita diretamente no CVSA, que fica na rua São Sebastião, s/nº, Resistência. O horário de funcionamento para vacinação antirrábica é de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas. Já para visitação ao canil, é de segunda a sexta-feira, das 9h30 às 11h30 e das 13 às 17 horas, exceto feriados.

Guarda responsável

"Não basta querer um animalzinho ou fornecer alimento e água. Quando se assume um animal, assume-se toda a responsabilidade por sua alimentação, saúde e bem-estar. O animal deve ser mantido sem acesso livre à rua, para não causar incômodo a outras pessoas ou outros animais. É mais um integrante da família, que precisa de amor, atenção e cuidados veterinários", reforçou Renata.

Para adotar um animal, é preciso ser maior de 18 anos, apresentar CPF, RG e comprovante de residência.

Recolhimento de animais

O CVSA só recolhe animais com base no risco à saúde pública. Sendo assim, de forma geral, são situações passíveis de recolhimento: animais atropelados (por serem suspeitos de doença neurológica, como a raiva); animais que manifestam comportamento agressivo sem estímulo aparente e que coloque em risco à população do entorno; e fêmeas no cio (por estimular o comportamento agressivo entre machos).

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