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No 3º dia de greve dos rodoviários na GV, população reclama de atrasos e terminais lotados

Desde que a greve dos rodoviários começou, na última terça-feira (26), os usuários do transporte público reclamam dos atrasos

Terminal de São Torquato na manhã desta quinta-feira (28)

No terceiro dia de greve dos rodoviários na Grande Vitória, a população continua relatando atrasos e superlotação nos coletivos na manhã desta quinta-feira (28). Mais de 600 mil pessoas dependem diariamente do transporte público na região metropolitana, segundo a Companhia de Transportes Urbanos da Grande Vitória (Ceturb-GV).

No terminal de São Torquato, em Vila Velha, um fiscal informou que os atrasos chegam a 25 minutos. Já no terminal de Itaparica, os coletivos chegam a atrasar 40 minutos. 

Com os atrasos, as filas nos terminais ficam longas e a população reclama, já que por conta das férias, a movimentação deveria ser mais tranquila. No terminal de Campo Grande, em Cariacica, os ônibus chegavam lotados.

Há a expectativa de que nesta quinta-feira, a Justiça decida se atende ao pedido das empresas, que entraram com uma ação alegando que a greve é abusiva, porque não foi cumprido alguns aspectos da decisão judicial.

GVBus diz que greve é abusiva

O Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus) ajuizou, na tarde da última quarta-feira (27), uma ação de incidente de abusividade de greve contra o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Espírito Santo (Sindirodoviários).

A ação foi ajuizada junto ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT-ES) e, de acordo com a instituição patronal, teria havido, por parte do sindicato dos trabalhadores, a tentativa de barrar a saída do quantitativo legal da frota (70% dos ônibus em circulação nos horários de pico e 50% nos demais horários) e bloqueio para impedimento da saída de trabalhadores que não teriam aderido ao movimento.

Procurado para responder os apontamentos realizados pelo GVBus, o presidente do Sindirodoviários, Edson Bastos, argumentou que a entidade de classe segue o determinado pela Justiça.

"A GVBus não fala pelo trabalhador, não cabe a eles dizer quem aderiu ou não. Em cada garagem temos diretores contabilizando os ônibus que saem e que voltam", defendeu o presidente.

População recorre a transporte clandestino

Com a greve dos rodoviários na Grande Vitória, e a consequente redução da frota de ônibus em circulação, a população tem recorrido a perueiros como meio de transporte. Em Vila Velha, por exemplo, vans clandestinas tomaram conta do trânsito. Nelas, os passageiros pagam o mesmo valor da passagem de ônibus: R$ 3,20.

A Prefeitura de Vila Velha afirma que possui fiscais do setor de transportes em vários pontos da cidade. Segundo a administração municipal, somente neste ano foram quase 300 infrações identificadas pela fiscalização e pela Guarda Municipal.

Sobre a greve

Os rodoviários estão em greve desde a última terça-feira (26). Eles pedem um reajuste salarial de 5%, que não foi aceito pelo sindicato patronal. Durante uma audiência de conciliação, feita pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), o Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus) ofereceu 1,83%, que não foi aceito pela categoria.

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