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Novo Escola sem Partido prevê gravação de aulas

Novo Escola sem Partido prevê gravação de aulas Novo Escola sem Partido prevê gravação de aulas Novo Escola sem Partido prevê gravação de aulas Novo Escola sem Partido prevê gravação de aulas

A deputada Bia Kicis (PSL-DF) protocolou na segunda-feira, 4, um novo projeto para tentar instituir a chamada Escola sem Partido, que visa a combater supostas “ideologia de gênero” e “doutrinação” dentro da sala de aula.

No projeto, ela ainda quer garantir o direito do aluno de gravar aula, “a fim de permitir a melhor absorção do conteúdo” e de “viabilizar o pleno exercício do direito dos pais ou responsáveis de ter ciência do processo pedagógico e avaliar a qualidade dos serviços prestados”. A medida, considerada por educadores uma forma de patrulha, valeria só para o ensino público.

Na legislatura passada, após um projeto de teor similar tramitar o ano inteiro em comissão especial, o texto foi arquivado. “Achei melhor protocolar novo projeto, mais aprimorado”, disse a deputada. O combate à “doutrinação” e “ideologia de gênero” é uma das bandeiras do presidente Jair Bolsonaro.

No projeto, ela prevê que o poder público “não se imiscuirá no processo de amadurecimento sexual dos alunos nem permitirá qualquer forma de dogmatismo ou proselitismo na abordagem das questões de gênero” e que grêmios estudantis não podem fazer atividade político-partidária. Mantém ainda a ideia de afixar cartazes em sala com o conteúdo da lei, tema que já havia causado polêmica.

Em outro ponto, sugere que escolas privadas “que atendem a orientação confessional e ideologia específicas poderão veicular e promover conteúdos de cunho religioso, moral e ideológico autorizados contratualmente pelos pais ou responsáveis pelo aluno, devendo ser respeitado, no tocante aos demais conteúdos, o direito do aluno à educação, à liberdade de aprender e ao pluralismo de ideias”. Defensores do Escola sem Partido defendem uma “CPI da doutrinação” na Câmara. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.