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Obama condena 'assassinato brutal' de refém japonês

Obama condena ‘assassinato brutal’ de refém japonês Obama condena ‘assassinato brutal’ de refém japonês Obama condena ‘assassinato brutal’ de refém japonês Obama condena ‘assassinato brutal’ de refém japonês

Base Aérea Ramstein, Alemanha, 24 – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, condenou o que ele chamou de “assassinato brutal” de um refém japonês pelo grupo Estado Islâmico. A declaração de Obama não diz como os Estados Unidos obtiveram a informação de que Haruna Yukawa está morto. O governo japonês, por enquanto, não conseguiu confirmar a autenticidade de um vídeo sobre a suposta execução de Yukawa, divulgado mais cedo.

O vídeo mostra apenas uma imagem do jornalista Kenji Goto segurando uma fotografia do que seria a cabeça decapitada de Yukawa e seu corpo. A imagem é acompanhada de uma mensagem de voz, supostamente gravada por Goto. Nela, o jornalista diz que Yukawa foi decapitado e que os militantes agora exigem a libertação de uma prisioneira na Jordânia em vez dos US$ 200 milhões exigidos anteriormente.

Em seu comunicado, Obama disse que os EUA continuarão “lado a lado” com o Japão e exigiu a libertação de Goto.

O governo japonês não comentou a declaração do presidente norte-americano. No entanto, o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, emitiu uma declaração em inglês e árabe exigindo a libertação apenas de Goto. “Tal ato de terrorismo é revoltante e inadmissível, e só me causa forte indignação”, disse Abe após uma reunião de gabinete.

Assim como em vídeos de execuções divulgados anteriormente pelo Estado Islâmico, a declaração de Goto atribui ao governo japonês a responsabilidade pela morte de Yukawa. A administração do primeiro-ministro Shinzo Abe apoia financeiramente a campanha liderada pelos EUA para conter o avanço do EI na Síria e no Iraque.

No entanto, a mensagem divulgada neste sábado é diferente dos outros vídeos: traz apenas imagens estáticas e não mostra militantes mascarados e armados com facas em um ambiente desértico ameaçando governos ocidentais.

O novo vídeo também é único pela mudança de exigências. Inicialmente, o Estado Islâmico pediu ao governo japonês US$ 200 milhões pela libertação dos dois reféns. Porém, na gravação, Goto pede que um enviado japonês em visita à Jordânia pressione o governo local pela libertação de Sajida al-Rishawi, uma terrorista que tem ligações com a Al-Qaeda. Rishawi pode ser executada por enforcamento por ter participado de atentados que mataram 60 pessoas na Jordânia em 2005. A exigência gerou suspeitas porque a Al-Qaeda é um grupo rival do Estado Islâmico.

A Petra, agência estatal de notícias da Jordânia, disse que o rei Abullah II e Shinzo Abe conversaram por telefone neste sábado, mas não informou qual foi o assunto discutido.

Um militante do Estado Islâmico disse que a mensagem divulgada neste sábado é falsa, enquanto outro disse que o vídeo deveria ter sido enviado apenas à família do jornalista. Um terceiro militante observou que o vídeo não foi divulgado pela al-Furqan, que é um dos braços de mídia do Estados Islâmico e já divulgou vídeos mostrando reféns e decapitações. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.