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Ocorrências envolvendo agentes de folga caíram no 1º semestre, diz secretaria

Ocorrências envolvendo agentes de folga caíram no 1º semestre, diz secretaria Ocorrências envolvendo agentes de folga caíram no 1º semestre, diz secretaria Ocorrências envolvendo agentes de folga caíram no 1º semestre, diz secretaria Ocorrências envolvendo agentes de folga caíram no 1º semestre, diz secretaria

A Secretaria da Segurança disse ser “incorreto” fazer estudos analíticos, sem levar em consideração “todos os aspectos de cada caso que é acompanhando, monitorado e investigado para constatar se a ação policial foi realmente legítima”. Destacou ainda seguir as regras para apurar esse tipo de caso, como notificar o Ministério Público no momento em que a morte é informada às polícias.

As afirmações da secretaria referem-se ao fato de a Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo declarar ter identificado excessos em 74% das ocorrências em que policiais mataram civis durante supostos confrontos em 2017, ano em que a letalidade policial foi a maior da série histórica, iniciada em 2001. A constatação foi divulgada ontem em relatório do órgão, que analisou boletins de ocorrência, laudos técnicos produzidos nos locais desses casos e os procedimentos e métodos padrões para ocorrências de risco. Em um quarto dos registros, sequer foi constatado confronto entre os agentes e os suspeitos.

Os procedimentos, específicos para esses tipos de caso, são previstos pela Resolução 40 da secretaria, de 2015. Ocorrências de letalidade policial são investigadas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

A pasta ainda destacou que, no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2017, as ocorrências envolvendo agentes de folga caíram 33% e com policiais em serviço, 0,62%. Isso resultou em queda total de 9,5%, uma vez que as mortes provocadas por agentes em serviço são em maior número.

“Em 2017, foram presas em flagrante 152.448 pessoas, apreendidos 25 fuzis e 188 explosivos e apetrechos. No mesmo período, 687 morreram ao confrontar a polícia durante o serviço, ou seja, 0,45% do total de prisões”, informou, em nota.

‘Distorção’

Presidente da Associação de Oficiais da PM-SP, o coronel da reserva Elias Miler da Silva afirmou que o foco do debate está “distorcido”. “O Brasil tem 64 mil homicídios por ano e estamos olhando para os 5 mil das polícias. Os policiais estão ficando acuados e os poucos que se dispõem ao enfrentamento estão se retirando e há o risco de a sociedade perder a guerra para o crime.”

Já o major Luiz Fernando Alves, assistente da Secretaria de Segurança na Ouvidoria, disse que a pesquisa é “extremamente válida”, que métodos de tiro defensivo devem ser reforçados na formação, mas que às vezes “o policial tem uma fração de segundo para decidir entre a vida e a morte”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.