Geral

OMS diz que prova de vacinação não deve ser exigida em viagem internacional

Especialistas independentes disseram que as vacinas não deveriam ser a única condição para permitir viagens internacionais, dado o acesso global limitado e a distribuição injusta dos imunizantes.

OMS diz que prova de vacinação não deve ser exigida em viagem internacional OMS diz que prova de vacinação não deve ser exigida em viagem internacional OMS diz que prova de vacinação não deve ser exigida em viagem internacional OMS diz que prova de vacinação não deve ser exigida em viagem internacional
Foto: Pixabay

O comitê de emergência da Organização Mundial da Saúde (OMS) manteve sua posição de que a prova de vacinação contra a covid-19 não deve ser exigida para viagens internacionais, em meio à controvérsia sobre os países que bloqueiam a entrada de viajantes se eles não forem imunizados. 

De acordo com informações da Reuters, especialistas independentes disseram que as vacinas não deveriam ser a única condição para permitir viagens internacionais, dado o acesso global limitado e a distribuição injusta dos imunizantes.

Os especialistas já haviam dito que exigir prova de imunização aprofunda as iniquidades e promove liberdade de movimento desigual. Os países mais pobres com menos acesso à vacinação, dessa forma, podem enfrentar a exclusão se tais medidas forem postas em prática.

Às vésperas do início das Olimpíadas, o número de infecções de covid-19 segue aumentando no Japão e, particularmente, em Tóquio. Segundo a Reuters, no entanto, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, disse nesta quinta-feira (15) que existe risco “zero” de participantes dos Jogos de Tóquio infectarem moradores do Japão com covid-19 no momento em que os casos atingem uma alta de seis meses na cidade-sede.

“O risco para outros moradores da Vila Olímpica e o risco para o povo japonês é zero”, afirmou Bach, acrescentando que os atletas e as delegações da Olimpíada passaram por mais de oito mil exames de coronavírus e que só três tiveram resultados positivos. “Estes casos foram isolados, e seus contatos próximos também estão sujeitos a protocolos de quarentena”, ressaltou o dirigente no início das conversas com a governadora de Tóquio, Yuriko Koike, e a presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos, Seiko Hashimoto.

Somando à onda de infecções no país asiático, a África registrou um aumento de 43% das mortes relacionadas à doença em uma semana, impulsionadas pela falta de leitos de terapia intensiva (UTI) e oxigênio, relata a AFP. Os óbitos no continente associadas ao vírus aumentaram para 6.273 na semana de 5 a 11 de julho, em comparação com 4.384 na semana anterior.

A diretora para a África da OMS, Matshidiso Moeti, disse em uma entrevista coletiva que o aumento foi “um claro sinal de alerta de que os hospitais nos países mais afetados estão chegando ao limite”. A OMS disse que a alta nas mortes é resultado da escassez de vacinas, propagação da variante Delta, identificada pela primeira vez na Índia, e cansaço público em relação às medidas de prevenção.

Hoje, o Reino Unido também registrou outro aumento acentuado no número de casos e mortes por covid. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatísticas Britânico (ONS, na sigla em inglês), foram registradas 63 mortes, contra 49 na quarta-feira (14). Este é o maior aumento diário de mortes desde 26 de março. Ainda, foram reportados 48.553 novos casos, o nível mais alto desde janeiro.