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ONU sugere que Venezuela cometeu "crimes contra humanidade"

ONU sugere que Venezuela cometeu “crimes contra humanidade” ONU sugere que Venezuela cometeu “crimes contra humanidade” ONU sugere que Venezuela cometeu “crimes contra humanidade” ONU sugere que Venezuela cometeu “crimes contra humanidade”

Genebra – O alto comissário da Organização das Nações Unidas (ONU) para Direitos Humanos, Zeid Al Hussein, sugere que o governo de Nicolás Maduro pode ter cometido “crimes contra a humanidade”. Em um discurso hoje em Genebra, o principal representante da ONU para direitos humanos ataca Caracas e pede que se crie uma investigação internacional contra o governo venezuelano.

Essa é a primeira vez que um representante da ONU aponta para tal dimensão dos crimes cometidos na Venezuela. Zeid lembra que, em uma recente apuração realizada por seu escritório, o governo venezuelano foi acusado de “uso excessivo da força”, e “várias outras violações de direitos humanos”.

“Minha investigação sugere a possibilidade de que crimes contra humanidade possam ter sido cometidos, o que apenas pode ser confirmado por uma investigação criminal subsequente”, disse Zeid.

Segundo ele, ainda que a ideia de uma Comissão Nacional da Verdade seja um conceito que ele apoie, o modelo proposto na Venezuela é “inadequado”. “Peço ao Conselho de Direitos Humanos que instaure uma investigação internacional sobre as violações na Venezuela”, pediu Zeid.

A recomendação será examinada pela entidade em Genebra. Mas Caracas promete angariar seus aliados para frear a proposta.

Para Zeid, existe “um perigo real de que tensões sejam aprofundadas”. Zeid acusa Maduro de estar “esmagando instituições democráticas e vozes críticas, incluindo por meio de processos criminais contra líderes da oposição, prisões arbitrárias e, em alguns casos, tortura”.

“A Venezuela é membro do Conselho e, como tal, tem um dever especial em promover e proteger os direitos humanos”, alertou Zeid.

Ainda hoje, o governo da Venezuela irá reagir ao discurso, por meio de uma intervenção do chanceler Jorge Arreaza.