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ONU teme piora na crise humanitária no Iraque

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São Paulo – A chegada do inverno no Iraque é uma das principais preocupações da Organização das Nações Unidas (ONU) na crise humanitária no país. Com a estação, a temperatura pode chegar a 16 graus Celsius negativos.

“Há chuva, neve e vento e nosso medo é que, a menos que nós possamos fornecer abrigo, essa emergência humanitária em massa vai se tornar uma situação de ameaça à vida para muitos”, alertou Kevin Kennedy, coordenador de assuntos humanitários da Organização das Nações Unidas (ONU) no Iraque.

A crise humanitária no Iraque já desalojou mais de 1,8 milhão de pessoas no país, a maioria na região do Curdistão e na província de Anbar. Mais de 860.000 pessoas deslocadas internamente chegaram de Anbar, Mossul e Sinjar nos últimos meses devido à piora da situação nessas regiões.

A província de Anbar, que não é controlada por forças do governo iraquiano, abriga cerca de 400.000 pessoas desalojadas no Iraque. Além disso, o país recebeu cerca de 220.000 refugiados sírios e outros um milhão de pessoas deslocadas desde o início da guerra em 2003.

De acordo com Kennedy, o difícil acesso a cerca de meio milhão de pessoas em Anbar é uma das principais dificuldades. Outro desafio é fornecer abrigo para os desalojados. Há 800.000 na região do Curdistão e estima-se que cerca de 390.000 esteja morando em escolas ou na rua. Abrigos estão sendo construídos e vão acomodar 220.000, mas cerca de 170.000 pessoas continuarão sem ajuda.

O Programa Mundial de Alimentos da ONU é responsável por alimentar um milhão de pessoas todo mês. O Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados atua na construção de abrigos e no fornecimento de medicamentos e de outros suprimentos. Na última semana, o governo iraquiano e a ONU concordaram em um plano conjunto para fornecer abrigo, alimentos e materiais de limpeza para refugiados nas próximas semanas.

Kennedy afirmou que é necessário um esforço em massa com um grande senso de urgência. Ele alertou que a situação humanitária no Iraque deve receber tanta atenção global quanto as questões de segurança no país receberam.