Geral

Pais podem causar obesidade infantil nos filhos, diz especialista

O especialista explicou que, para uma criança conseguir efetivamente perder peso, deve fazer no mínimo 1h30 de exercícios físicos em intensidade moderada por dia

Pais podem causar obesidade infantil nos filhos, diz especialista Pais podem causar obesidade infantil nos filhos, diz especialista Pais podem causar obesidade infantil nos filhos, diz especialista Pais podem causar obesidade infantil nos filhos, diz especialista
A obesidade pode começar desde cedo Foto: Reprodução / Rede Record

As inúmeras razões que justificam a obesidade infantil estão relacionadas à prática de comer mais do que se gasta. Apesar de haver casos ocasionados por fatores como distúrbios ou transtornos, eles acabam desencadeando o aumento da fome ou da vontade de comer.

O nutrólogo Carlos Alberto Nogueira explicou que há diversas razões que podem desengatilhar o aumento da fome em crianças e adolescentes, como efeitos colaterais de medicamentos, questões genéticas, psicológicas e até mesmo o comportamento dos pais. E alguns boicotes acontecem muitas vezes sem os pais perceberem:

— A competição entre mãe e filha é algo muito mais comum do que se imagina. Quando a adolescente começa a crescer, sua beleza começa a aflorar. E isso normalmente ocorre ao mesmo tempo em que a mãe vai percebendo os sinais da idade. Isso acaba fazendo com que a ela se sinta boicotada pela filha, e estimule cada vez mais sua alimentação errada.

Nogueira explica que os nutrólogos ou pediatras precisam diagnosticar se há algum problema na família antes de tentar recomendar alguma mudança alimentar à criança.

— Há também os casos em que os pais (homens) são responsáveis pelo boicote da dieta: às vezes, eles percebem que estão perdendo o filho, que está crescendo e tendo outras prioridades. Então, tentam reconquistá-los com comida.

Pais ausentes não ficam de fora: muitos que viajam por muito tempo acabam trazendo aos filhos alimentos diferentes para compensar a ausência: 

— A comida nunca deve ser usada como recompensa, isso faz com que ela perca o sentido. Comer deve ser sinônimo de fome.

Quando a causa é secundária, é ela que vai precisar ser tratada. Por isso, antes de prescrever uma dieta aos pacientes, é preciso entender o que se passa na vida deles. Nogueira explica:

— De nada adianta prescrever uma dieta se a fome for estimulada por uma causa secundária. A criança vai continuar com fome e, por consequência, vai continuar comendo muito. Por isso, é preciso identificar e tratar a causa, para que a fome diminua e o paciente possa voltar ao ritmo normal de vida.

Na maioria das vezes, é o sedentarismo e a má-alimentação que causam o ganho excessivo de peso. E, de acordo com o pediatra, esses hábitos estão diretamente ligados ao dia-a-dia da família:

— Se os pais comem alimentos não saudáveis, os filhos naturalmente vão se alimentar da mesma forma. Por isso, orientar crianças apenas com palavras é em vão. Os pais precisam se enquadrar na reeducação alimentar, evitando que alimentos gordurosos, frituras e embutidos estejam disponíveis na dispensa da casa.

Exercícios físicos

O especialista explicou que, para uma criança conseguir efetivamente perder peso, deve fazer no mínimo 1h30 de exercícios físicos em intensidade moderada por dia. Por isso, é importante que a família incentive a prática de esportes — que acaba se tornando uma atividade prazerosa.

— Há famílias que chegam no consultório dizendo que não entendem o motivo pelo qual a criança está engordando se mantém uma alimentação saudável. No entanto, as atividades físicas não fazem parte do dia-a-dia dela.

Com informações do Portal R7!