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Países estabelecem metas tímidas para manter trégua na Síria

Países estabelecem metas tímidas para manter trégua na Síria Países estabelecem metas tímidas para manter trégua na Síria Países estabelecem metas tímidas para manter trégua na Síria Países estabelecem metas tímidas para manter trégua na Síria

Viena – Mais de 20 países entraram em acordo nesta terça-feira para transformar a pausa da Síria na guerra num cessar-fogo abrangente. A intenção é aumentar o fornecimento de ajuda humanitária e, com isso, reiniciar as conversas de paz.

Na reunião, porém, não foi possível estabelecer punições específicas para o descumprimento da trégua. Os embaixadores da ONU na Síria também não conseguiram anunciar uma data para a retomada de negociações de uma transição política.

O secretário de Estado dos EUA John Kerry disse que até 1º de junho a ajuda humanitária nas regiões da Síria que estão isoladas do resto do mundo será retomada. Segundo Kerry, se as rotas terrestres continuarem bloqueadas, a entrega de comida será feita pelo ar e haverá mais pressão internacional contra aqueles que impedem a chegada do auxílio.

O grupo também deliberou que o descumprimento persistente da trégua resultará na exclusão das forças rebeldes do acordo.

No entanto, não foi proposta nenhuma forma concreta de resolver o principal obstáculo no caminho para a paz: as divisões entre facções. Sem a resolução desse impasse, os esforços de acabar com a violência e reduzir a miséria na Síria terão resultados marginais e temporários.

Segundo Kerry, “uma variedade de interesses competitivos” terá de ser reconciliada para acabar com a guerra. “Os envolvidos nesse conflito com agendas que competem entre si terão de priorizar a paz”, disse.

O tema central da discussão continua sendo o destino do presidente sírio Bashar Assad, uma vez que Moscou se opõe a qualquer tentativa de um acordo de paz que esteja condicionado à remoção de Assad.

Apesar disso, o chanceler russo Sergey Lavrov disse que o apoio de seu país ao regime sírio não constitui um apoio ao presidente Assad. De acordo com Lavrov, a Rússia é a favor “da luta contra o terrorismo, e não vê uma alternativa melhor para fazer isso do que o exército sírio”.

O Reino Unido, no entanto, pede que Moscou exerça mais influência sobre Assad, enquando a Alemanha repete o posicionamento de que o acordo deveria conduzir ao fim do regime de Assad.

“O que nós queremos que os russos façam agora é assegurar que o regime de Assad cumpra as obrigações às quais a Rússia está se comprometendo em seu nome nessas reuniões”, disse o secretário britânico de relações exteriores Philip Hammond.

O ministro alemão Frank-Walter Steinmeier foi categórico e afirmou que o líder sírio deveria se retirar, “pois não há futuro para esse país com Assad”. Fonte: Associated Press.