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Panamá instala comitê que vai fiscalizar serviços financeiros

Cidade do Panamá – O governo do Panamá instalou nesta sexta-feira um comitê de especialistas independentes que deverá avaliar e fazer recomendações para melhorar a transparência dos serviços legais e financeiros internacionais que o país centro-americano presta.

A iniciativa foi proposta há semanas pelo presidente Juan Carlos Varela em seus esforços para melhorar a imagem do país depois do impacto gerado pela divulgação de documentos do Panamá Papers, que evidenciou uma rede global de corrupção e sonegação de impostos.

“O compromisso de nossa administração é o de em blindar a plataforma de serviços logísticos e financeiros internacionais do Panamá contra as ameaças provenientes de pessoas e grupos que tentam utilizá-la para atividades ilícitas e outros fins, contrários ao bem comum, seja cada dia mais forte”, disse Varela, no ato de instalação do painel.

O comitê é integrado por sete especialistas nacionais e estrangeiros, entre eles o norte-americano Joseph Stiglitz, prêmio Nobel de economia, e o ex-presidente panamenho Nicolás Ardito Barletta.

O grupo interdisciplinar terá um período de seis meses para apresentar um relatório final a Varela, que se comprometeu a compartilhá-lo com outros países.

Varela disse que criou o comitê “para que nos ajude a seguir fortalecendo nossos centros de serviços financeiros e acertarmos o caminho para que o Panamá participe ativamente e lidere os esforços da comunidade internacional a fim de construir uma nova arquitetura financeira global”.

Simultaneamente a essa iniciativa, o Panamá busca incrementar a assinatura de tratados bilaterais para o intercâmbio de informação tributária e financeira de maneira automática regulamentados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

O organismo, que trabalha com países em desenvolvimento, questionou a transparência da nação centro-americana após a publicação das reportagens do Panamá Papers. Fonte: Associated Press.