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Para promotor, problemas no bombeamento reforça ilegalidade de obra na Billings

Para promotor, problemas no bombeamento reforça ilegalidade de obra na Billings Para promotor, problemas no bombeamento reforça ilegalidade de obra na Billings Para promotor, problemas no bombeamento reforça ilegalidade de obra na Billings Para promotor, problemas no bombeamento reforça ilegalidade de obra na Billings

São Paulo – Autor de uma ação judicial na qual pedia a suspensão da obra de transposição de água da Billings para o Alto Tietê por falta de Estudo de Impacto Ambiental (EIA-Rima), o promotor Ricardo Manuel Castro, do Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente (Gaema), afirma que os problemas ocorridos no bombeamento “reforçam que a obra foi feita de forma irregular”.

“Nossos técnicos fizeram uma vistoria na obra na última sexta e constataram diversas irregularidades, entre as quais o assoreamento e a erosão. São dois problemas para os quais nós já havíamos advertido na ação civil e que aconteceram com o bombeamento de uma vazão muito menor do que a pretendida. A situação é mais grave do que a prevista”, diz Castro.

Em julho, ele moveu ação contra os órgãos do governo paulista envolvidos na transposição na qual pedia a suspensão da obra por falta do EIA-Rima. Segundo Castro, o Estudo Ambiental Simplificado (EAS) feito para autorizar a obra leva à subestimação de intervenções em vegetação nativa, à possibilidade de risco a espécies ameaçadas de extinção, a dúvidas se existe abertura de valas na várzea do Rio Grande com o fim de assentar a adutora e à necessidade de esclarecimentos sobre o controle de cianobactérias.

À época, o juiz Luis Manoel Fonseca Pires, da 3ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, negou o pedido liminar do promotor, mas cobrou explicações dos órgãos e empresas. Na segunda-feira, 19, após analisar as respostas, ele voltou a indeferir o pedido do Gaema para suspender o bombeamento de água e exigiu novos esclarecimentos da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), da Sabesp, do DAEE e da Fundação Florestal.

“Não entendo possível desconstituir todo o trabalho técnico dos réus com fundamento exclusivo na crítica ainda que séria e de alta qualidade técnica dos assistentes técnicos do Ministério Público. As objeções levantadas merecem respostas, evidente. Mas não me parecem suficientes a descartar, subitamente, estudos e pareceres realizados por diversos outros órgãos públicos”, diz o juiz. Os órgãos têm mais 15 dias para esclarecer as irregularidades apontadas pelo promotor. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.