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Parlamento da Índia derrota moção de desconfiança contra premiê Narendra Modi

Parlamento da Índia derrota moção de desconfiança contra premiê Narendra Modi Parlamento da Índia derrota moção de desconfiança contra premiê Narendra Modi Parlamento da Índia derrota moção de desconfiança contra premiê Narendra Modi Parlamento da Índia derrota moção de desconfiança contra premiê Narendra Modi

A Casa dos Povos, como é chamada a câmara baixa do Parlamento da Índia, debateu e derrotou nesta sexta-feira, por 325 votos a 126, a moção de desconfiança protocolada pela oposição contra o governo do primeiro-ministro Narendra Modi.

Enquanto os parlamentares debatiam o procedimento, agricultores marchavam em Nova Délhi exigindo o perdão de dívidas contraídas por meio de crédito rural e preços justos para seus produtos. Há anos, o setor agrícola na Índia enfrenta dificuldades em face de rendas cadentes.

Dentro da Casa Legislativa, a votação permitiu aos oposicionistas criticar o governo por faltar com o cumprimento de promessas feitas antes de assumir o mandato. O líder do partido Congresso Nacional Indiano, Rahul Gandhi, acusou a situação de criar apenas 400 mil novos empregos, uma fração dos 20 milhões prometidos para o período de um ano. O rebento da dinastia política Nehru-Gandhi alegou que Modi favorece grandes empresas em detrimento da população empobrecida.

Os ataques enraiveceram parlamentares da legenda do premiê, o nacionalista hindu Partido Bharatiya Janata (BJP, na sigla em inglês), levando a presidente da Casa, Sumitra Mahajan, a suspender os trâmites para acalmar os ânimos. Posteriormente, Gandhi retomou seu discurso e, ao encerrá-lo, caminhou de forma inesperada ao lugar em que Modi estava sentado, apertou-lhe as mãos e o abraçou.

Ainda assim, quando assumiu a fala, Modi acusou Gandhi de tentar derrubá-lo do posto de primeiro-ministro. “(A oposição) fez mau uso da provisão (que permite convocar moções de desconfiança) para desestabilizar este governo”, disse, acrescentando que seus detratores sabiam não ter votos suficientes para derrotá-lo. (Associated Press)