Geral

Parlamento da Turquia retira imunidade de legisladores, em vitória para Erdogan

Parlamento da Turquia retira imunidade de legisladores, em vitória para Erdogan Parlamento da Turquia retira imunidade de legisladores, em vitória para Erdogan Parlamento da Turquia retira imunidade de legisladores, em vitória para Erdogan Parlamento da Turquia retira imunidade de legisladores, em vitória para Erdogan

Ancara – O Parlamento da Turquia adotou uma mudança constitucional nesta sexta-feira que acaba com a imunidade para um quarto dos legisladores nacionais. A medida pode desestabilizar o país, membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), e impulsionar a insurgência curda.

A controversa lei apresentada pelo governista Partido Justiça e Desenvolvimento (AKP) obteve um apoio surpreendente, de 376 dos 550 membros do Parlamento. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, deve assinar a lei em breve.

A primeira rodada de votação do tema, na terça-feira, havia sugerido que a medida não conseguiria obter uma supermaioria e necessitaria de uma votação popular para passar. A aprovação dá a Erdogan uma vitória significativa contra seus inimigos políticos.

A lei abre caminho para possíveis processos contra 138 legisladores, entre eles 50 políticos curdos e 51 membros do maior partido da oposição secular. As acusações incluem corrupção, insultos contra Erdogan e o apoio ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), designado como terrorista pela Turquia, pelos Estados Unidos e pela União Europeia.

Os líderes do AKP haviam descrito a medida como uma prioridade de segurança nacional. Para partidos oposicionistas, a mudança é mais um passo para Erdogan concentrar mais poder e alijar os críticos de sua agenda política.

Muitos aliados ocidentais e a oposição turca temem que uma onda de casos judiciais politizados possa inflamar as tensões sociais e a violência interna, num momento em que a Turquia já luta para lidar com a morte quase diária de soldados e civis em ataques do PKK. A violência dos militantes também drena recursos militares da coalizão internacional que enfrenta o Estado Islâmico, dizem diplomatas. Fonte: Dow Jones Newswires.