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Passageiros poderão alertar sobre crimes dentro de ônibus através de aplicativo em Vitória

O dispositivo que será usado ainda está em discussão, mas ao ser acionado, deve ativar no painel digital da frente e lateral a mensagem "Socorro assalto - Ligue 190"

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A mensagem “Socorro assalto” deverá aparecer no painel digital frontal e lateral Foto: Divulgação

Os passageiros dos ônibus municipais de Vitória poderão ter à disposição um aplicativo para alertar sobre crimes dentro do veículo. A medida faz parte da Lei 9.139/2017, publicada no Diário Oficial Legislativo da Câmara Municipal de Vitória na última terça-feira (2), que prevê a instalação do “botão do pânico” ou outro dispositivo de alerta nos transportes coletivos na Capital. 

O prazo para instalação é de 60 dias e o que está em discussão agora é o melhor dispositivo para isso, visto que, ao ser acionado, automaticamente aparecerá no letreiro frontal e lateral  do veículo a mensagem “Socorro assalto – Ligue 190”.

A princípio, a ideia era a instalação de um botão no interior do ônibus integrado ao painel digital exterior. No entanto, em reunião com o vereador Denninho Silva (PPS), autor da lei, o presidente do Sindicato dos Rodoviários do Estado (Sindirodoviários) apresentou outras sugestões.

“Nós fomos lá hoje e deixamos algumas sugestões que ele ficou de estudar. A intenção é muito boa no sentido de oferecer mais segurança, mas pode ser bem melhor com algumas mudanças”, afirmou Edson.

De acordo com Denninho, uma das propostas do presidente é o uso de um aplicativo de celular ao invés do botão. “Ele nos apresentou algumas ideias e entre elas está a criação de um aplicativo, que mudará a forma de acionar o letreiro. Através do celular, a pessoa faz um cadastro e com isso evita casos de trote, já que com o botão ao alcance dos passageiros qualquer um poderia acionar”, explica. 

Ainda de acordo com o vereador, a única coisa que pode mudar na lei é a forma de acionar o letreiro.”Vamos avaliar a questão de acionar o letreiro pelo aplicativo e, durante os próximos 60 dias, vamos debater com os sindicatos e empresas para o projeto criar corpo e colocarmos em prática. O medo deles até então era a questão do botão, mas agora já estamos pensando em uma forma de mudar isso”, conclui. 

Em nota, o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado (Setpes) afirma que a Lei não traz previsão sobre a fonte de custeio para o financiamento das despesas com a instalação. O Setpes explica ainda que as empresas veem a implantação do botão com preocupação e apreensão e avalia que isso poderá colocar em risco a vida do motorista, cobrador e também dos usuários do sistema.

“Esta preocupação também já foi manifestada pelo próprio sindicato da categoria. Portanto, essa forma de anunciar o risco que se está sofrendo poderá gerar outros riscos. Há necessidade, assim, de que a instalação do “botão de pânico” seja acompanhada por manifestação técnica de profissionais da segurança pública”, diz a nota.