Geral

Após surto de diarreia, Polícia Civil faz perícia em creche na Praia da Costa

Em nota, a creche informou que as documentações e alvarás da Vigilância Sanitária estão em dia

Após surto de diarreia, Polícia Civil faz perícia em creche na Praia da Costa Após surto de diarreia, Polícia Civil faz perícia em creche na Praia da Costa Após surto de diarreia, Polícia Civil faz perícia em creche na Praia da Costa Após surto de diarreia, Polícia Civil faz perícia em creche na Praia da Costa
Foto: Folha Vitória

A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) esteve na creche Praia Baby, na Praia da Costa, em Vila Velha, na tarde de terça-feira (2), para realização de perícia. O estabelecimento passou a ser investigado depois da morte do pequeno Theo, de 2 anos, uma das vítimas do surto de diarreia na creche.

O delegado titular do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, Gianno Trindade, informou que a polícia está realizando análise e coleta de material no local. Por volta das 14h, peritos acompanhados por técnicos de uma empresa de energia, também vistoriaram as instalações da escola e o entorno.

A Polícia Civil abriu inquérito para investigar se, de fato, houve ou não negligência da parte dos proprietários. O pedido de instauração do inquérito foi feito pelo delegado-geral da Corporação, José Darcy Arruda. Segundo a polícia, ainda não há data para início das oitivas com as partes.

Até o momento, 17 pessoas já apresentaram sintomas de diarreia e vômito. Entre os doentes, onze são crianças que frequentavam a creche, cinco profissionais que trabalhavam no local e também o filho de uma professora da unidade de educação. O menino de dois anos teria contraído a infecção da mãe e precisou ser internado no último domingo (31). Foi o primeiro registro da doença fora do ambiente escolar.

Em nota, a creche informou que as documentações e alvarás da Vigilância Sanitária estão em dia. O estabelecimento disse que sempre foi citado por técnicos da prefeitura como modelo para outros do mesmo porte na cidade. A creche informou, ainda, que a própria direção da unidade de ensino teria comunicado à Vigilância Epidemiológica sobre os primeiros casos de crianças doentes e que decidiu, por conta própria, suspender as atividades.

O espaço anexo à creche, onde funcionava uma fábrica artesanal de cerveja, segundo os donos do local, era devidamente isolado, de forma que alunos nunca tivessem acesso. Na última sexta-feira (29), após determinada a interdição da creche por parte da administração do município, todos os materiais utilizados para a produção de bebida alcoólica foram retirados da escola.

Em um comunicado emitido pela creche, a informação é de que a análise realizada no chafariz, onde as crianças brincavam, pode estar errada, já que o espaço estava desativado e foi usado como depósito de brinquedos durante uma higienização. O laudo laboratorial apontou a presença de mais de 200 colônias de coliformes totais no brinquedo.

O pai de um aluno disse que na noite desta segunda-feira (1), uma reunião entre os proprietários da escola, diretores da unidade e responsáveis pelas crianças foi realizada em um cerimonial, que fica ao lado da instituição de ensino. O desejo de que as investigações sejam concluídas o quanto antes, para que as atividades possam ser retomadas, seria unanimidade entre os pais.