Geral

PPP da Luz só atrai empresas que já atuam na capital

PPP da Luz só atrai empresas que já atuam na capital PPP da Luz só atrai empresas que já atuam na capital PPP da Luz só atrai empresas que já atuam na capital PPP da Luz só atrai empresas que já atuam na capital

São Paulo – Depois de quase dois anos de expectativa, cinco meses de paralisação a pedido do Tribunal de Contas do Município (TCM) e em meio a dez ações judiciais, a Prefeitura abriu na quarta-feira, 3, a licitação da Parceria Público-Privada (PPP) para modernizar a iluminação pública da cidade. Recebeu propostas válidas apenas de duas empresas – justamente as que já operam na cidade.

O processo foi suspenso por cinco dias e será retomado na semana que vem. O atraso cumpre prazo de recurso dado a uma terceira empresa, formada por um consórcio com participação de chineses, que também fez proposta, mas foi desclassificado por falta de garantias.

A gestão Fernando Haddad (PT) vinha afirmando que o modelo de PPP proposto – combatido por advogados de empresas, de associações empresariais e por vereadores da Câmara Municipal – seria atrativo e traria forte competição.

A avaliação de envolvidos no projeto é que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não ofereceu acordos de garantias econômicas aos participantes, o que aumentou os riscos do projeto e espantou interessados.

Outra avaliação dos envolvidos é que a gestão Haddad “pagou para ver”, após o aviso de que a falta de garantias seria um problema e foi “teimosa” ao não amarrar, com uma lei específica aprovada na Câmara, os recursos da taxa de luz e os repasses à PPP.

A parceria pretende trocar todas as lâmpadas da iluminação pública da capital por luzes de LED e aumentar o tamanho do parque de iluminação da cidade, instalando quase 650 mil lâmpadas ao longo de 20 anos.

Participantes

As empresas FM Rodrigues e Alumini já são contratadas para fazer a manutenção da iluminação. A FM apresentou proposta em um consórcio formado com a empresa Consladel, que também já tem contratos com a Prefeitura de São Paulo. Já os responsáveis legais da Alumini apresentaram proposta por meio de outra empresa, a 4 Participações, em consórcio com o grupo WTorre. A reportagem tentou contato com as quatro empresas ontem, mas elas não foram localizadas.

Questionada sobre a falta de propostas de grandes grupos e empresas internacionais, como prometido, a Prefeitura enviou nota, afirmando que a licitação não acabou e não pode “opinar sobre os consórcios concorrentes, sob o risco de comprometer a isenção do certame”.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.