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'Precisamos consolidar penas alternativas', diz novo secretário da Justiça do ES

Segundo Luiz Carlos de Carvalho Cruz, essa é uma alternativa para solucionar a superlotação nos presídios capixabas

‘Precisamos consolidar penas alternativas’, diz novo secretário da Justiça do ES ‘Precisamos consolidar penas alternativas’, diz novo secretário da Justiça do ES ‘Precisamos consolidar penas alternativas’, diz novo secretário da Justiça do ES ‘Precisamos consolidar penas alternativas’, diz novo secretário da Justiça do ES
Foto: Divulgação / Sejus
Luiz Carlos de Carvalho Cruz

O delegado da Polícia Federal (PF), o carioca Luiz Carlos de Carvalho Cruz, assumiu o comando da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) do Espírito Santo neste mês. 

Em seu discurso à frente da pasta, Carvalho afirma que pretende realizar trabalho conjunto para solucionar a superlotação nos presídios capixabas. “Precisamos consolidar penas alternativas, juntos com as demais instituições de Justiça, para estabelecer um melhor processo de punição a quem cometeu crimes. Isso se faz conhecendo melhor o perfil do preso, com informações mais amplas, tais como temperamento, periculosidade e até perfil psicossocial, que ajudem o Judiciário a determinar qual tipo de pena ele irá cumprir. Há crimes de menor potencial ofensivo aos quais podem ser ofertadas penas alternativas, sem retirar o infrator do convívio social. Dessa forma, ele não deixa de ser punido e concentramos nossos esforços em manter preso quem realmente ameaça à sociedade”, ressalta Cruz.

De acordo com o secretário, a gestão da pasta seguirá três objetivos estratégicos, sendo eles: segurança, ressocialização e eficiência administrativa. “O cenário do Espírito Santo é de muitos desafios. Temos uma superlotação nas unidades prisionais que hoje é de quase nove mil detentos a mais e precisamos implantar e rever soluções para mudar esse quadro. Apostamos no aprimoramento do nosso sistema de Justiça para que essa construção seja coletiva, com a cooperação das diversas instituições públicas, privadas e sociedade civil. Vamos trabalhar para garantir o cumprimento da execução penal de forma plena, trazendo segurança à sociedade e reintegração social dos apenados, com uma gestão eficiente e racional”.

Para aprimorar a gestão do sistema prisional capixaba, uma comissão com representantes de instituições que compõem o sistema de Justiça do Espírito Santo foi formada no início de janeiro, como uma das propostas do Governo do Estado para reduzir o déficit de vagas nos presídios.

Para isso, alternativas estão sendo discutidas com representantes do Poder Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria Pública, da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Espírito Santo (OAB-ES), em conjunto com as secretarias de Justiça, Economia e Planejamento e Direitos Humanos.

Dentre as medidas que estão sendo tomadas estão: a implementação do processo eletrônico de execução penal, a expansão do uso de tornozeleiras eletrônicas, a identificação qualificada da massa carcerária e a ampliação de métodos de ressocialização de detentos. Esses assuntos serão discutidos na segunda reunião da comissão, marcada para o dia 11 de fevereiro.

Aliada às demais soluções para a superlotação nos presídios, está a construção da nova unidade prisional de Xuri, em Vila Velha, com capacidade para 800 vagas.