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Prefeito de Guarapari quer barrar turista com 'menor' poder aquisitivo

O prefeito alega que as medidas são necessárias para justificar os investimentos feitos na cidade pelo poder público e pela própria iniciativa privada

Prefeito de Guarapari quer barrar turista com ‘menor’ poder aquisitivo Prefeito de Guarapari quer barrar turista com ‘menor’ poder aquisitivo Prefeito de Guarapari quer barrar turista com ‘menor’ poder aquisitivo Prefeito de Guarapari quer barrar turista com ‘menor’ poder aquisitivo
O prefeito acredita que a cidade irá receber, entre o feriado de Natal e o carnaval do próximo ano, mais de 1 milhão de turistas Foto: Divulgação/Governo

Belo Horizonte – Se você não tem condição de gastar R$ 200 por dia não será bem recebido no balneário de Guarapari, destino para milhares de turistas, principalmente mineiros, que escolhem o Espírito Santo para passar as férias de verão. O prefeito Orly Gomes (DEM) confirmou, nesta quinta-feira, 18, que a prefeitura vai cobrar taxas das empresas de ônibus e dos proprietários que alugam suas casas de veraneio para “qualificar” o turismo na cidade e dificultar a entrada de turistas com “menor” poder aquisitivo.

O prefeito alega que as medidas são necessárias para justificar os investimentos feitos na cidade pelo poder público e pela própria iniciativa privada. Gomes chega a afirmar que turistas que gastam menos de R$ 200 por dia na cidade não são capazes de fomentar restaurantes, bares e hotéis e ainda causam transtornos aos visitantes mais “qualificados”. “Precisamos de pessoas que venham com dinheiro para gastar. Seria melhor ter 100 mil turistas que gastassem R$ 200 por dia do que 1 milhão gastando apenas R$ 40 por dia”, afirma.

Questionado se as medidas polêmicas não podem afastar os turistas da cidade e até estimular processos contra a prefeitura, o prefeito diz que outros balneários usam de expedientes semelhantes para normatizar o turismo nas cidades. Segundo ele, o turista “qualificado” não pode ser prejudicado em função daquele que gera apenas excesso de lixo, aumento no consumo de água e estrangulamento no transporte público. “Não quero só turista rico. Quero turista que gere receita. Para que a cidade sobreviva, preciso de um turista que gere renda”, reclama.

O prefeito acredita que a cidade irá receber, entre o feriado de Natal e o carnaval do próximo ano, mais de 1 milhão de turistas. “Tem turista que traz até botijão de gás, pacote de macarrão e recolhe latinha de cerveja para vender. Em uma casa que cabem 10 pessoas, ficam até 30. É isso que causa a falta de água, o excesso de lixo. Por isso, temos de normatizar a atividade turística na cidade”, ressalta.