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Prefeitura de Itu decreta intervenção em concessionária de água

Prefeitura de Itu decreta intervenção em concessionária de água Prefeitura de Itu decreta intervenção em concessionária de água Prefeitura de Itu decreta intervenção em concessionária de água Prefeitura de Itu decreta intervenção em concessionária de água

São Paulo – A prefeitura de Itu, no interior de São Paulo, decretou nesta quinta-feira, 11, uma intervenção na concessionária Águas de Itu, do grupo Bertin, responsável pelos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário do município. Segundo o decreto municipal, a intervenção terá prazo de até seis meses e se baseia “nos sucessivos descumprimentos de obrigações contratuais por parte da empresa”.

Em nota, a prefeitura informou que a intervenção visa defender a população e assegurar a regularidade dos serviços públicos de água e esgoto. Segundo a nota, a Águas de Itu já foi penalizada em cerca de R$ 3 milhões pela prefeitura por “serviços inadequados e por falta de investimentos no sistema”. “O contrato de concessão, assinado em julho de 2007, contém um cronograma de obras, que são obrigatórias e devem ser realizadas a partir da arrecadação das tarifas”, diz a prefeitura, argumentando que obras contratuais não foram entregues.

A prefeitura ainda trava uma batalha contra o reajuste de 33% cobrado pela Águas de Itu desde abril. Após o anúncio, na ocasião, a prefeitura determinou que o aumento fosse de 4,42%. A concessionária então foi à Justiça e diz ter conseguido uma liminar que mantém os 33%, mas a prefeitura acredita que a empresa interpretou o documento de forma errada. Segundo a prefeitura do município, com a intervenção, haverá uma auditoria na concessionária, com o objetivo de verificar se a arrecadação tarifária tem sido convertida em investimentos no sistema público de água e esgoto.

Em nota, a Águas de Itu diz estar segura de que agiu corretamente na efetivação dos investimentos e no respeito à população, mesmo com a “maior crise hídrica que a cidade teve que atravessar”. Segundo a companhia, nos últimos três anos a concessionária não obteve autorização para praticar os reajustes previstos no contrato de concessão, “o que gerou envolvimento da Justiça e a decisão legal de que o pleito para atualizar os valores das tarifas tem mérito e não contraria qualquer cláusula contratual”.