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Prefeitura quer 'resgatar' ônibus parados em congestionamentos em SP

Prefeitura quer ‘resgatar’ ônibus parados em congestionamentos em SP Prefeitura quer ‘resgatar’ ônibus parados em congestionamentos em SP Prefeitura quer ‘resgatar’ ônibus parados em congestionamentos em SP Prefeitura quer ‘resgatar’ ônibus parados em congestionamentos em SP

São Paulo – O resgate de ônibus do transporte público que ficam parados em congestionamentos podem se tornar uma realidade da gestão Fernando Haddad (PT). O secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, quer a que a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) faça um serviço semelhante a uma “ambulância”, abrindo caminho entre os carros e motos para os coletivos presos no trânsito.

Ainda não há data para que a medida entre em vigor e a pasta ainda estuda como implementar o que Tatto chama de “resgate ao ônibus”. A política para beneficiar o transporte público foi apresentada pelo secretário na manhã desta quinta-feira, 29, na reunião do Conselho Municipal de Transporte e Trânsito (CMTT) da Prefeitura.

“Temos que fazer uma área de mobilidade igual à saúde, com o mesmo conceito. Se a ambulância vai socorrer alguém, ela tem prioridade. A mesma lógica tem que ser para o transporte público. Tem local que não tem necessidade de fazer faixas exclusivas. Então, a CET vai ter uma operação de resgate e pedir licença (para o carro)”, explicou o secretário. A ideia é que o serviço seja feito por marronzinhos em motos, da mesma forma que os batedores da Polícia Militar fazem com autoridades.

Ele explicou que a ação não será feita nos 480,3 quilômetros de faixas exclusivas de ônibus da capital, mas nas ruas e avenidas que não tem vias segregadas ao transporte público. Tatto deu como exemplo a Avenida Juscelino Kubitschek, importante viário que liga o Itaim-Bibi e o Parque do Ibirapuera, na zona sul de São Paulo, tem cinco faixas de rolamento em cada sentido e nenhuma faixa priorizando o transporte público.

Pedestres

Também está no escopo da CET o resgate de pedestres que insistem em caminhar nas Marginais do Pinheiros e do Tietê. Caso alguma pessoa seja flagrada tentando atravessar, viaturas da companhia vão até o local para retirá-la. “Se estamos falando que o pedestre é o setor mais frágil, do ponto de vista de operação tem que ir lá proteger”, afirmou Tatto.

Outras medidas de proteção ao pedestre que já existem na cidade serão ampliadas até o final da gestão. Na reunião do CMTT, o Tadeu Leite Duarte, diretor de Planejamento da companhia, disse que, a partir do final deste ano, o programa Área 40 que começou no centro da cidade será expandido para os bairros. As regiões de Pinheiros, na zona oeste, Santo Amaro, na zona sul e Bela Vista, na parte central de São Paulo, terão as velocidades máximas reduzidas para 40 km/h.

Hoje a cidade tem 217,7 quilômetros de vias com a medida em 14,9 km² de área. A CET afirma que o programa Área 40 reduziu em 19% o total de acidentes com vítimas em atropelamentos, em 14% o número de feridos e em 71% as mortes por causadas também por atropelamentos.

As faixas de pedestre diagonais pintadas na cor azul serão implementadas em 19 cruzamentos do Brás, do Itaim-Bibi, de Higienópolis, dos Jardins, da Lapa, do Belém, de Itaquera e do Paraíso.

Redução de velocidade

Ainda no conselho desta quinta-feira, a Prefeitura apresentou novos números na redução de acidentes, mortos e feridos em seis vias que passaram dos 60 km/h para 50 km/h antes da política ganhar força e ser pulverizada pela capital.

Na comparação entre os seis meses anteriores e posteriores à alteração, o grupo de viários formado pelas avenidas Luís Dumont Villares, Zaki Narchi e Ibirapuera, e ruas Clélia Guaicurus e Doutor Zuquim, os acidentes e atropelamentos foram reduzidos em 22,1%. A quantidade de feridos passou 131 para 98, queda de 25,2% e duas mortes foram registradas, uma a menos.

Esses dados servem para a Prefeitura fazer projeções para o futuro. Nas contas da gestão Haddad, os futuros resultados da política e já imaginando um trânsito menos violento, serão liberados 60 leitos hospitalares por dia com uma menor quantidade de feridos e mortos. No cálculo da Prefeitura usando dados do Sistema Único de Saúde (SUS), a economia seria de R$ 6,2 milhões em despesas hospitalares.