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Prefeitura recebe hospital estadual sob protestos de servidores

Prefeitura recebe hospital estadual sob protestos de servidores Prefeitura recebe hospital estadual sob protestos de servidores Prefeitura recebe hospital estadual sob protestos de servidores Prefeitura recebe hospital estadual sob protestos de servidores

Rio – O Hospital Estadual Rocha Faria foi transferido para o município do Rio sob protestos dos servidores concursados que trabalham na unidade de saúde, na manhã desta segunda-feira, 11. Eles são contra a administração por meio de organização social (OS), modelo de gestão adotado pela prefeitura. A municipalização ocorre no momento em que o governo estadual enfrenta grave crise financeira, o que resultou em colapso na rede de saúde no fim do ano passado.

A principal reivindicação dos servidores é a garantia de permanência no hospital, após a chegada de uma OS para gerir todas as áreas da unidade. Nos próximos 180 dias, a gestão ficará a cargo da organização social Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus (HMTJ). Nesse período, será realizado um processo seletivo para a escolha da OS que administrará o Rocha Faria pelos próximos anos. A HMTJ também gere o Hospital Estadual Albert Schweitzer, municipalizado na semana passada.

“Somos contra a transferência do hospital para o município dessa maneira, feitas às pressas, apenas para entregar o Rocha Faria para as organizações sociais. Quando as OS chegam, elas contratam outros funcionários, pagam mais para eles e os estatutários são remanejados. Não vamos aceitar isso”, disse a presidente da associação dos funcionários do hospital, Clara Fonseca.

Existem cerca de 3 mil funcionários no Rocha Faria. Segundo a associação, 1,3 mil são concursados. Os demais são empregados de cooperativas e da OS Pro-Saúde, que toma conta da maternidade do hospital.

O secretário executivo de Governo da prefeitura do Rio, Pedro Paulo Carvalho, disse que a mesma OS à frente dos dois hospitais municipalizados, ambos situados na zona oeste, facilitará os processos emergenciais, como a aquisição de insumos em mais larga escala, o que resultaria em menor preço.

“Eu me solidarizo com a situação dos funcionários e acho que eles devem procurar seus direitos. Mas esta é uma unidade que está se municipalizando. A negociação dos servidores estaduais deve ser feita com o governo estadual”, afirmou Carvalho.

Para efetivar a municipalização, cerca de 300 pacientes foram transferidos para outras unidades de saúde desde a última quarta-feira, segundo a associação de funcionários. O secretário disse que 50 pacientes passaram por transferência hoje. Nesta segunda-feira, apenas a maternidade funciona plenamente.