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Premiê escocês acusa Reino Unido de semear medo

Premiê escocês acusa Reino Unido de semear medo Premiê escocês acusa Reino Unido de semear medo Premiê escocês acusa Reino Unido de semear medo Premiê escocês acusa Reino Unido de semear medo

Edimburgo – O primeiro-ministro da Escócia, Alex Salmond, afirmou hoje que o governo britânico está usando táticas de intimidação para persuadir os escoceses a votarem contra a independência em relação ao Reino Unido, ao exagerar os eventuais riscos financeiros de uma secessão.

Com a aproximação do referendo sobre a independência escocesa, marcado para o dia 18, um número crescente de empresas têm mostrado preocupações com a eventual ruptura do Reino Unido, cuja união tem mais de três séculos. O Lloyds e o Royal Bank of Scotland Group (RBS), dois gigantes bancários da região, e um fundo de pensão informaram que planejam mudar pelo menos partes de suas operações para a Inglaterra se a proposta de autonomia for aprovada.

Salmond acusou uma autoridade do Tesouro britânico de ter vazado a notícia – divulgada ontem à noite – de que o RBS poderá mudar sua sede para Londres como uma estratégia para semear o medo entre os escoceses. Segundo o premiê, a eventual mudança não teria impacto nos serviços ou funcionários do banco e seria apenas um procedimento técnico.

“Há claros sinais de que, enquanto o primeiro-ministro (britânico, David Cameron) nos dizia que país maravilhoso somos, seu assessor tentava fazer o possível para dizer algo negativo sobre a independência”, disse Salmond. O Tesouro britânico não deu resposta imediata ao comentário.

Cameron cancelou sua agenda para ontem e seguiu para a Escócia para defender a preservação do Reino Unido, evidenciando a preocupação de Londres com recentes pesquisas, segundo as quais o resultado da votação será apertado.

A pesquisa mais recente, do instituto Survation, trouxe um certo alívio para os defensores da união. O levantamento, publicado ontem, apontou que 48% dos eleitores são a favor da permanência da Escócia no Reino Unido e que 42% querem a independência. Como a sondagem tem uma margem de erro de mais ou menos três pontos porcentuais, a votação poderá ser de fato acirrada.

Uma sondagem anterior, divulgada no fim de semana, sugeriu que a proposta de independência seria aprovada. Fonte: Dow Jones Newswires.