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Presidente da 'bancada da bala' será relator de projeto de sistema de segurança

Presidente da ‘bancada da bala’ será relator de projeto de sistema de segurança Presidente da ‘bancada da bala’ será relator de projeto de sistema de segurança Presidente da ‘bancada da bala’ será relator de projeto de sistema de segurança Presidente da ‘bancada da bala’ será relator de projeto de sistema de segurança

Presidente da Frente Parlamentar de Segurança Pública, a chamada “bancada da bala”, o deputado Alberto Fraga (DEM-DF) foi escolhido pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), como relator da proposta que cria o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP).

O texto, que ainda não foi divulgado oficialmente, propõe metas e indicadores, por meio dos quais serão estabelecidos critérios para a distribuição dos recursos entre União Estados e municípios.

O Broadcast/Estadão teve acesso à proposta estruturada pelo delegado aposentado da Polícia Federal e ex-prefeito de Vila Velha pelo Democratas, Rodney Miranda, com aval de Maia e do presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE). Nas últimas duas semanas, o texto também foi analisado pelos ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O projeto propõe que o Ministério de Segurança Pública fixará, anualmente, metas de excelência e indicadores que demonstrem os resultados dos integrantes do sistema. Além disso, também será disponibilizado um sistema padronizado para intercâmbio de informação e serão feitas auditorias do sistema.

As metas e os indicadores farão parte dos critérios para aplicação de recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) e do Fundo Penitenciário Nacional (FUNPEN), além de respeitar “aspectos geográficos, populacionais e socioeconômicos dos entes federados”.

Pela proposta, haverá a integração dos órgãos e instituições da Segurança Pública e Defesa Social. Com isso, trabalharão em conjunto Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, guardas municipais, agentes penitenciários, agentes socioeducativos e peritos.

Outras propostas

Ao Broadcast/Estadão, Fraga defendeu também a extinção da obrigatoriedade da comprovação da necessidade do uso da arma do Estatuto do Desarmamento. A proposta entrou nas discussões sobre a pauta de segurança pública do Congresso com integrantes da Câmara, do Senado, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

“Ao cumprir os requisitos, que é não ter antecedentes criminais, ter atestado psicotécnico e curso de tiro, a pessoa é quem sabe a necessidade (da arma). Ela quer uma arma porque mora na fazenda e aí o delegado diz ‘não, isso não é necessidade’, então nós estamos suprimindo do texto essa discricionariedade do delegado”, disse Fraga.

Pela lei, “a autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional, é de competência da Polícia Federal e somente será concedida após autorização do Sinarm (Sistema Nacional de Armas)”. Diz ainda que a autorização “dependerá de o requerente: I – demonstrar a sua efetiva necessidade por exercício de atividade profissional de risco ou de ameaça à sua integridade física”.

Em outra proposta que está sendo debatida pelo Legislativo e Judiciário, com apoio do Executivo, Fraga afirmou que estão sendo estudadas novas regras para dificultar “ao máximo” a progressão do regime de penas. “A progressão de pena para determinados crimes é o que tem provocado a banalidade e não funciona como fator inibidor, todo mundo está cometendo crime porque sabe que não fica preso. É uma coisa que não dá.”

Ele criticou decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que permitiu progressão de pena também em casos de crimes hediondos. “Acho que o Supremo quando disse que toda pena tem que ter progressão incluiu crimes hediondos, e os crimes hediondos não podem ter progressão de pena, tem que ser regime fechado. Para o cara sentir, para o cara não matar por R$ 10”, afirmou.