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Presidente do Conselho Europeu defende solidariedade europeia em vacinação

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O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmou compreender a frustração e a raiva gerada pelo processo de vacinação contra a covid-19 nos cidadãos europeus, mas justificou pontos que demonstrariam que há trabalho para recuperar a “liberdade e voltar à vida normal o mais rápido possível”. Em uma carta, o presidente se afirmou chocado ao ouvir que a União Europeia contribui para o nacionalismo na vacinação, e apresentou justificativas, como a contribuição para a iniciativa Covax, que demonstrariam a liderança do bloco na solidariedade.

O belga reconheceu os riscos que variantes, potencialmente resistentes às vacinas, representam ao “progresso já feito”, e lembrou que nenhum lugar estará a salvo “enquanto todas as regiões não estiverem protegidas”. Como prova dos esforços, Michel citou as recentes entregas de vacinas em países da América Latina e da África pela Covax, e lembrou que em breve mais doses serão recebidas nestas regiões.

Michel acusou a Rússia e a China de realizar propaganda com suas entregas de imunizantes. De acordo com ele, ambos os países vacinaram metade do que a União Europeia proporcionalmente, quando levado em conta os números a cada 100 mil habitantes. Segundo o presidente, o bloco europeu possui valores “mais desejáveis” que os “regimes”, e não “fará propaganda na vacinação”.

Sobre as exportações, o belga argumentou que Reino Unido e Estados Unidos impuseram o banimento do envio de vacinas e insumos a outras regiões, enquanto a União Europeia “criou um sistema de controle para exportar doses” produzidas no bloco, sem “nunca parar” os envios. Um exemplo seria a vacinação em Israel, que contou com tecnologias iniciais desenvolvidas na Bélgica, segundo o líder.

Michel afirmou que não seria possível ter desenvolvido vacinas em menos de um ano sem a Europa. Sem a União Europeia, disse ele, países não teriam recebido ainda as primeiras doses de imunizante, possivelmente destinados às nações mais ricas da região, gerando cidadãos europeus de “segunda classe”, o que el afirmou ser “inaceitável”. Por fim, o dirigente concluiu que a Europa será uma líder na produção de vacinas nos próximos meses, e que a região é mais equipada para se adaptar às mutações do vírus.