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Professor de canoa havaiana salva golfinho preso em rede de pesca em Vitória

O professor informou que um grupo de 30 outros golfinhos chamaram atenção dos humanos para o animal preso na rede de pesca

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Depois de salvar o golfinho, a canoa havaiana onde o professor estava com os alunos ficou presa às redes Foto: Reprodução

O professor de canoa havaiana Vitor Gava Guerra teve que interromper o treino com seus 11 alunos na manhã desta sexta-feira (20) para resgatar um golfinho que estava preso em uma rede de pesca em Camburi.

O resgate aconteceu graças a um grupo de aproximadamente 30 golfinhos que chamou atenção para o animal em perigo.

De acordo com Vitor, ele e os alunos entraram no mar, na Curva da Jurema, às 5h20 e seguiram em direção a camburi. Não demorou muito tempo para que ele e seus alunos avistassem os golfinhos agitados no mar. 

“Olhei os golfinhos que pareciam querer chamar a nossa atenção. Meus alunos ficaram olhando para os animais, mas um pouco mais à esquerda havia um movimento diferente no mar e fiquei observando.  Enquanto os alunos estavam admirando os golfinhos eu continuei olhando a movimentação diferente no mar para identificar o que era, pois pensei que era uma arraia”.

O professor percebeu que não era o peixe, achou que fosse uma tartaruga e decidiu se aproximar com a canoa. “Quando cheguei perto  me deparei com o golfinho e o meu primeiro pensamento foi: eu só saio daqui depois que tirar o golfinho da rede.  Então meus alunos ficaram remando para dar estabilidade à canoa e para eu me aproximar dele. Eu consegui pegar ele e arrebentar a rede com as mãos. Primeiro consegui liberar a cabeça dele e depois o corpo”, disse.

Vitor acredita que o animal acabara de se prender nas redes de pesca porque estava muito agitado e com muita energia. “Ele não estava cansado. Só fomos até ele por causa do grupo de golfinhos que chamaram a nossa atenção e pareciam querer avisar que um do grupo estava em perigo. Quando conseguimos soltar o bicho ele se integrou ao grupo e a nossa canoa ficou presa às redes de pesca”, afirmou. 

Para sair das redes com a canoa havaiana, Vitor e seus alunos resolveram puxar o material de pesca, recolhê-lo e deixá-las na praia, mas acabaram desistindo da ideia.

Esta não foi a primeira vez que o professor de educação física salvou um animal marinho. “Salvar um golfinho, um animal deste porte, foi a primeira vez na minha vida, mas já salvei várias tartarugas marinhas presas em redes de pesca”.

Perigo para os golfinhos

Na última terça-feira (17), após um golfinho ser encontrado morto  na Praia do Barrão, em Vila Velha,  a deputada Janete de Sá (PMN), presidente da CPI dos Maus-Tratos aos Animais da Assembleia do Espírito Santo (Ales), enviou um ofício ao Ibama e à Secretaria de meio ambiente de Vila Velha solicitando o aumento da fiscalização e punição ao combate à pesca predatória na orla capixaba.